29/10/2025
No Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral), é essencial refletir sobre essa condição que, segundo a Organização Mundial do AVC, pode afetar 1 em cada 4 pessoas acima dos 35 anos em algum momento da vida. Popularmente conhecido como derrame, o AVC poderia ser evitado em até 90% dos casos com o controle de fatores de risco como hipertensão, tabagismo, alimentação saudável e atividade física regular.
O AVC ocorre de forma súbita e imprevisível, e seus efeitos podem variar de leves a graves, afetando mobilidade, fala, cognição e independência. A prevenção e a informação continuam sendo as melhores estratégias para reduzir seus impactos.
O tratamento tradicional envolve medicamentos, reabilitação física e, em alguns casos, cirurgia. No entanto, pesquisas recentes indicam que a Cannabis medicinal, especialmente o Canabidiol (CBD), pode oferecer suporte terapêutico importante.
Potenciais da Cannabis medicinal no AVC:
🔹Neuroproteção: o CBD pode ajudar a proteger as células cerebrais durante e após o AVC, reduzindo a extensão dos danos neuronais.
🔹Ação anti-inflamatória: pode contribuir para a diminuição da inflamação cerebral, um dos principais fatores que agravam o quadro clínico.
🔹Redução do estresse oxidativo: pode ajudar a combater o acúmulo de radicais livres, que prejudicam o processo de recuperação.
🔹Melhora da recuperação neurológica: estudos sugerem que o uso do CBD pode favorecer a regeneração e a recuperação funcional após o evento isquêmico.
Assim, a Cannabis medicinal se destaca como uma abordagem terapêutica promissora no cuidado pós-AVC, especialmente pelo potencial do CBD em promover neuroproteção e reparo cerebral. Além disso, o composto tem demonstrado resultados satisfatórios no manejo de sintomas associados à recuperação pós-AVC, como dor neuropática, espasticidade e distúrbios do sono, fatores que impactam de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes.
➡ No entanto, seu uso deve ser individualizado, seguro e acompanhado por um profissional de saúde habilitado em terapia canabinoide.
Ref: Agência Brasil | DOI: 10.1016/j.neuropharm.2016.12.017 | DOI: 10.3390/antiox9010021