12/05/2024
Ser mãe para mim foi, e sempre será, uma grande revolução. A mulher que existia antes, precisou de muito tempo, apoio e viver o luto de entender que nunca mais será a mesma. Não existe ex-mãe. A mulher que surgiu depois, entendeu que o maternar está acima de todos os papéis que ela venha a desempenhar a partir de agora, e aí, me dei conta de que ao mesmo tempo em que tudo se tornava mais difícil, também se tornava mais prático.
O maternar me deu coragem para me posicionar em situações que nunca imaginei. Fez com que me perguntasse: Que exemplo de mãe você espera que seu filho tenha? Com essa resposta, voltei a cuidar de mim, das minhas necessidades pessoais e dos meus relacionamentos. Entendi onde precisava investir e onde eu não cabia mais e deixei a vida fazer sua parte.
Ser mãe também me mostrou que o mundo espera que você seja APENAS mãe. Me senti já muito julgada por trabalhar, por dar a mamadeira até agora, por colocar sal na comida e o principal julgamento: Por deixar o pai ser pai. Tudo bem mundo, pega leve. Meu filho certamente irá agradecer essas escolhas.
Não é fácil. Não é bonito. Não tem nada de guerreira porque vivemos ainda em um mundo que enaltece a maternidade mas ainda não respeita a mãe. A pressão estética de “voltar o corpo” é um desrespeito ao próprio corpo. A pressão profissional do resultado é um desrespeito à própria fase. A pressão, ah… quanta pressão em ser a mãe perfeita.
Talvez seja por isso que a natureza seja tão sábia. Acompanhar a vida de um serzinho desde o início, com todos os sonzinhos, cheiros e os passinhos, é tão grandioso, tão precioso, que mesmo pensando em tudo o que signif**a ser mãe, ainda me faz todo o sentido do mundo e não teria outra escolha possível dentro da minha vida, dentro da minha história.
Feliz dia para todas as mães que assim como eu, ainda estão se descobrindo enquanto mulheres para além da maternidade.