24/09/2025
Pedalar como forma de se deslocar está associado a um risco menor de desenvolver demência e a um hipocampo maior, região-chave da memória e do aprendizado. A conclusão vem de um estudo publicado na revista científica “JAMA Network Open” que analisa dados de quase meio milhão de pessoas cadastradas em um banco de dados na Inglaterra.
Em mais de 13 anos de acompanhamento, quem relatou viagens ativas com ciclismo ou ciclismo combinado a outros meios apresentou de 17% a 40% menos risco de diferentes formas de demência. O efeito foi mais evidente em pessoas sem o alelo APOE ε4, variante genética ligada ao aumento do risco da doença.
🚲 Deslocamento ativo
Comparado com modos não ativos, a prática do ciclismo ou do deslocamento misto (bicicleta e caminhada) foi associado a:
➡️ Risco 19% menor de demência de todas as causas (HR 0,81; IC95% 0,73–0,91);
➡️ Risco 22% menor de Alzheimer (HR 0,78; 0,66–0,92);
➡️ Risco 40% menor de demência de início jovem (abaixo de 65 anos);
➡️ Risco 17% menor de demência tardia (acima de 65 anos).
“Os achados sugerem que promover modos ativos de viagem, particularmente o ciclismo, pode estar associado a melhor saúde cerebral e menor risco de demência”, escreveram os autores.
⚠️ Por que importa?
A demência deve saltar de 55 milhões (2019) para 139 milhões (2050) no mundo. Medidas viáveis de atividade física, como o deslocamento ativo, podem somar-se às estratégias de prevenção — especialmente na meia-idade, faixa em que a atividade física integra fatores modificáveis do risco.
Fonte: Portal G1