22/09/2024
..
Ou seja:
Nossa geração não tinha tudo ao alcance da mão.
Telefonar era uma missão: um aparelho em casa para a familia toda, que poderia estar ocupado se seu paquera ligasse. Porque uma das suas irmãs estava com o paquera dela na linha (notem: poderia ter escrito “crush”, mas a gente falava paquera mesmo).
Um cadeado pra controlar as ligações. Quem nunca? Numa casa com sete mulheres, esse era o método pré-pago.
Aí você resolvia ligar do orelhão. Outra missão. Comprar fichas telefônicas, onde? Achar um orelhão desocupado, limpo, que funcionasse. Também não poderia ficar horas porque a fila logo se formava atrás. Super fácil…
Vimos surgir o fax. Uau, super tecnologia para enviar documentos, e ter um em casa era luxo total. Aquelas folhas caindo, impressas, me davam uma sensação de poder.
Máquina de escrever todas tivemos. E ai de quem não aprendesse datilografia, porque ficava um buraco no curriculo em busca de trabalho.
E o bip? Revolução na hora de ser encontrada pelo namorado ou pelo paquera que realmente estivesse a fim. Eles ligavam pra uma central, que imediatamente enviava uma mensagem naquelas letrinhas verdes e você corria pro orelhão. Se você tivesse fichas, obvio, retornaria urgente para confirmar o convite pro cinema.
Fitas cassete? Um luxo poder comprar uma de 90 minutos, da Basf, mas que também não era garantia de não bugar e ficar presa no toca-fitas.
Google? Naooooooo!
Horas e horas de pesquisa nas enciclopédias- para quem tinha o privilégio de ter uma Barsa em casa - para depois copiar a mão e fazer o trabalho escolar.
Não nos menosprezem. Sabemos lidar com frustrações, imprevistos, com a espera.
Sabemos lidar com a novidade também.
✅ Afinal, quem criou o computador? O Iphone, a Microsoft, o Google, a Amazon?
✅ Quantos anos têm Bill Gates, Jeff Bezos, Serguey Brin, Larry Page? Quantos anos teria Steve Jobs?
Nossa geração tem muuuuito o que ensinar.
👉 Começamos analogicamente e seguimos tecnologicamente 🎯