
18/09/2023
Todos nós já sentimos culpa, em maior ou menor grau. É um sentimento relacionado ao remorso que se sente ao perceber que seus padrões de conduta foram quebrados - seja ao ferir uma "regra interna" de uma relação ou ao descumprir uma norma ética ou moral universal.
Podemos sentir culpa em relação ao outro ou a nós mesmos. Ela pode ser uma autocrítica ou uma culpa relacionada aos outros. Ela pode, inclusive, ser justificável e compressível, ou distorcida, exagerada e indevida.
Quando administrada de forma saudável, a culpa pode contribuir para a nossa evolução pessoal. A consciência dos próprios erros é um passo importante para que possamos evitar cometê-los no futuro.
Mas, quando experimentada de forma desequilibrada, a culpa pode afetar a vida muito negativamente, causando angústia, pensamentos autodepreciativos, necessidade de autopunição, ansiedade e, muitas vezes, sintomas psicossomáticos de natureza física.
Esses padrões de pensamentos negativos gerados pela culpa podem ser paralisantes, impedindo a pessoa de reagir e fazendo com que fique presa a um ciclo de dor que parece não ter saída. Por isso é muito importante reconhecer o erro, se desculpar, assumir a responsabilidade diante da falta cometida e buscar o seu reparo, quando possível.
Para muitas pessoas, tomar para si "todas as culpas do mundo", ou atribuí-las ao outro, são formas pouco lúcidas de se lidar com questões emocionais ou problemas de relacionamento, por exemplo.
A psicoterapia pode ajudar a identificar a origem dessas culpas, avaliar seu tamanho e pensar em caminhos para superá-la, com base no autoconhecimento e na consciência de suas relações, papéis, limitações e formas de pensar e agir.
Isso começa por reconhecer que todos erram e ter a disposição de agir positivamente, do erro para a frente. Ressignificar a culpa é um caminho inteligente e maduro para quem deseja se tornar uma pessoa melhor, que reconhece os seus erros, mas não se acorrenta a eles.