18/12/2024
A maternidade não é mais o caminho « natural » e único da vida de uma mulher, especialmente para as millennials — e talvez, ainda menos, para as gerações futuras.
Nós, mulheres nascidas a partir da década de 80, aprendemos que o melhor caminho é o da independência: estudar, trabalhar, crescer profissionalmente e alcançar patamares que antes não estavam ao nosso alcance, seja na sociedade, no ambiente profissional ou dentro das próprias famílias.
Mas nunca antes enfrentamos tanta pressão. Pressão para ocupar cargos desafiadores, para evoluir todos os dias, para estar sempre feliz em um relacionamento, para ter uma l1b1do infinita, uma beleza inalcançável e uma juventude eterna. E, como se não bastasse, ainda enfrentamos as cobranças antigas: relacionamentos bem-sucedidos, uma casa organizada e filhos.
Só que ter filhos não se resume ao relógio biológico ou à gravidez. Ter filhos implica tempo, disposição e dedicação. Exige doação diária, disciplina e cuidado. Mas não significa anular quem somos.
Os filhos precisam entender e ter orgulho de quem somos, e isso inclui perceberem que seus pais têm uma vida, um trabalho, um propósito.
Recebo, diariamente, mulheres que enfrentam essa batalha interna: como equilibrar tantos pratinhos? Como dar conta de tudo? Na minha opinião e experiência, não vamos conseguir equilibrar todos os pratinhos. E tudo bem.
O segredo está em descobrir quais pratinhos podemos deixar cair, quais fazem sentido derrubar para seguir uma jornada única, que seja nossa.
Não existe fórmula correta. Apesar de ouvirmos o tempo todo que devemos seguir o caminho X, Y ou Z, a verdade é que nossa vida se torna mais interessante e autêntica quando temos coragem de ser quem realmente queremos ser.
Se a maternidade é o seu caminho, que seja do seu jeito, no seu tempo.
E pra você, o que faz sentido na sua jornada? Me conta nos comentários ou me manda um direct.