Dr. Egmond Alves

Dr. Egmond Alves Neurocirurgião Titular da SBN/SBNPed e
Membro da ISPN

🧠💓 Cirurgia realizada. Fluxo restaurado. Esperança renovada.Esta imagem mostra o resultado de uma cirurgia delicada de r...
11/06/2025

🧠💓 Cirurgia realizada. Fluxo restaurado. Esperança renovada.

Esta imagem mostra o resultado de uma cirurgia delicada de revascularização indireta em uma criança diagnosticada com a doença de Moyamoya, condição rara e progressiva que compromete a irrigação sanguínea do cérebro.

📌 A doença de Moyamoya é caracterizada pelo estreitamento progressivo das artérias carótidas internas intracranianas, levando à formação de uma rede colateral frágil — o que pode causar acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em crianças e adultos jovens.

A boa notícia? A neurocirurgia pode mudar essa história.

Nesta criança, optamos pela técnica indireta de revascularização cerebral. E o retorno pós-operatório trouxe alívio: melhora clínica evidente e imagem de controle confirmando o desenvolvimento de novas vias de circulação cerebral.

🧠 Segundo revisão científica de 2025, a cirurgia é recomendada precocemente após o diagnóstico, pois está associada à redução significativa do risco de AVC e melhora na qualidade de vida a longo prazo.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião pediátrico, acompanhar essa recuperação é mais do que um dado clínico: é um testemunho de como a medicina, quando bem aplicada, transforma vidas.

Seguimos firmes, com responsabilidade e ciência, cuidando de cada pequeno cérebro com amor e precisão.



📖 Referência: UpToDate – Moyamoya disease: Etiology, clinical features, and diagnosis, 2025.

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🧠 Classificações da Plagiocefalia: qual é a melhor?Quando falamos em assimetria craniana nos bebês, surgem muitas dúvida...
03/06/2025

🧠 Classificações da Plagiocefalia: qual é a melhor?

Quando falamos em assimetria craniana nos bebês, surgem muitas dúvidas:
📏 Medir com régua?
📐 Avaliar com scanner 3D?
👁️ Ou confiar no bom e velho exame clínico?

Na prática e na ciência, diversos métodos de classificação têm sido usados para definir a gravidade da plagiocefalia posicional:

🔸 Argenta (2004) – a mais usada na clínica:
Classificação visual e prática, de Tipo I a V, com base no exame físico. Sem máquinas. Sem radiação.
👉 Muito útil no dia a dia e fácil de explicar aos pais.

🔸 CAI / CVAI – índice de assimetria craniana:
📏 Medem a diferença entre os dois lados do crânio com régua ou caliper.
💡 São objetivos, mas exigem medição técnica.

🔸 Scanners 3D (CVAI digital) – precisão máxima:
Tecnologia de ponta usada em centros avançados. Altamente precisa.
💰 Alto custo e pouca acessibilidade.

🔬 Mas o que diz a ciência?
Estudos comparativos mostram que a classificação de Argenta tem concordância maior que 95% entre profissionais, mesmo sem ferramentas tecnológicas.
📚 Outro estudo demonstrou que o índice CAI é o que mais se aproxima da avaliação feita por neurocirurgiões experientes — com 100% de correlação.

🔁 Ou seja:
✅ O olhar clínico treinado é eficaz.
✅ As medidas objetivas ajudam no seguimento.
✅ O mais importante é: usar um método confiável e acompanhar a evolução da criança com clareza e segurança.

👶 Porque mais do que medir a cabeça, estamos cuidando do que há de mais precioso: o desenvolvimento e o futuro de uma vida.

🩺 E se fosse o seu filho?Nenhum pai, nenhuma mãe, está realmente preparado para ouvir que seu bebê precisa de uma cirurg...
02/06/2025

🩺 E se fosse o seu filho?

Nenhum pai, nenhuma mãe, está realmente preparado para ouvir que seu bebê precisa de uma cirurgia no crânio. Por mais que se explique, por mais que se entenda o diagnóstico, por dentro... tudo se desmorona. O medo chega primeiro. Depois vêm as perguntas, as dúvidas, a culpa silenciosa — “fiz algo errado?”, “será que vai dar tudo certo?”, “ele vai ficar bem?”.

Essa foto foi feita durante a cirurgia de uma criança de apenas 8 meses de vida, com diagnóstico de plagiocefalia anterior — uma forma de cranioestenose que, se não tratada, pode trazer consequências funcionais e estéticas importantes ao longo da vida. Mas quando diagnosticada a tempo e abordada com precisão, pode ter resultados incríveis.

Como neurocirurgião pediátrico, já estive muitas vezes diante desse momento delicado: olhar nos olhos dos pais e dizer que é preciso operar. E não há frase certa, fórmula mágica ou discurso pronto que resolva. O que existe é a verdade dita com respeito, a técnica feita com amor e a escuta feita com o coração.

A medicina exige muito de nós, mas no cuidado com crianças, exige ainda mais: exige humanidade. Exige lembrar que por trás de cada exame está uma história, um nome, uma família inteira que treme por dentro.

Por isso, se você é pai ou mãe e recebeu um diagnóstico como esse: calma. Você não está sozinho. A medicina avançou. A neurocirurgia infantil é segura. E o seu filho pode ter um futuro cheio de vida e alegria.

👶🏼🙏

🧠💉 Por que alguns pacientes desenvolvem hidrocefalia após uma hemorragia cerebral?A hidrocefalia pós-hemorragia intraven...
27/05/2025

🧠💉 Por que alguns pacientes desenvolvem hidrocefalia após uma hemorragia cerebral?

A hidrocefalia pós-hemorragia intraventricular (HIV) é uma complicação grave, comum em casos de AVC hemorrágico e hemorragia subaracnoide. Mas o que exatamente causa esse acúmulo anormal de líquor?

📚 Uma revisão recente publicada no Child’s Nervous System (2025) mostra que o problema vai além do bloqueio mecânico por coágulos.

🔍 O que os estudos mostram?
▪️ Coágulos obstruem o fluxo normal do líquor e inflamam o epêndima
▪️ Citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-α) causam fibrose nas meninges
▪️ Ferro livre e trombina, liberados do sangue, danificam tecidos cerebrais
▪️ Sistema linfático cerebral disfuncional atrasa a drenagem dos resíduos
▪️ Cílios ventriculares perdem função e alteram a circulação do líquor
▪️ Proteínas como aquaporinas (AQP1/AQP4) e canais de cloro/potássio são desreguladas

Tudo isso contribui para uma hidrocefalia que não depende apenas da obstrução — mas de um verdadeiro tsunami inflamatório microscópico no sistema nervoso.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, acompanho de perto os avanços na compreensão da hidrocefalia. Além da cirurgia (como a DVP), no futuro poderemos ver terapias alvo contra esses mecanismos inflamatórios — personalizando ainda mais o tratamento.

Cuidar do cérebro é também entender sua fisiologia em profundidade.

📖 Fonte: Child's Nervous System, 2025 – DOI: 10.1007/s00381-024-06711-2



🧠✨ O VALOR DE UM CLIP EM UM ANEURISMA — E O VALOR DE QUEM O COLOCANo centro dessa imagem, um pequeno clip de titânio. Fr...
27/05/2025

🧠✨ O VALOR DE UM CLIP EM UM ANEURISMA — E O VALOR DE QUEM O COLOCA
No centro dessa imagem, um pequeno clip de titânio. Frio. Silencioso. Discreto. Mas para quem está sob a mesa cirúrgica... ele representa tudo.

💥 Representa a linha entre a vida e a morte. O instante exato em que o sangue que ameaça escapar... e a vida pode seguir.

Mas olhe com atenção.

Veja as estruturas delicadas que rodeiam esse clip: artéria carótida interna, nervo óptico, artéria comunicante posterior… estruturas que não toleram erro. Um milímetro a mais, um movimento em falso — e o irreversível aparece.

🧠 Ali está o aneurisma, com paredes frágeis como papel molhado, prestes a romper.

🫀 Ao lado, vasos vitais pulsando, delicadamente afastados para que se possa trabalhar em paz — mas nunca em segurança total.

Essa é a essência da neurocirurgia: agir com firmeza dentro da fragilidade. Dominar o caos com precisão. Tocar o invisível com responsabilidade.


E quem vê essa imagem raramente imagina o que há por trás dela.

Não vê os 10, 15, 20 anos de formação.
Não vê as madrugadas em claro, o desgaste físico e emocional, o silêncio cheio de temor antes da incisão.
Não vê a solidão de quem tem a vida de outro nas mãos.

E, muitas vezes… nem sequer vê o valor justo.

🚫 Honorários que, por vezes, não cobrem o custo de uma diária simples de hotel, enquanto aqui se trabalha com o sagrado.

🚫 Planos de saúde que reduzem atos como esse a códigos, cifras e glosas.


Mas seguimos. Seguimos por amor. Por missão. Por entender que ali, no silêncio do centro cirúrgico, não se trata apenas de um clip — trata-se de uma vida.

Porque a medicina verdadeira não se mede por tabelas, mas por almas salvas. Por filhos que continuam com seus pais. Por pacientes que voltam a andar, falar, viver.


Esse clip que você vê... custou muito mais do que parece. E ele vale — como tudo na medicina bem feita — mais do que qualquer contrato ousaria pagar.


Valorize o médico. Valorize o invisível. Valorize a vida.


🧠👶 Paralisia Cerebral Grave: Existe Esperança Além da Espasticidade?Sim. A rizotomia dorsal seletiva de nível único (SDR...
22/05/2025

🧠👶 Paralisia Cerebral Grave: Existe Esperança Além da Espasticidade?

Sim. A rizotomia dorsal seletiva de nível único (SDR) está se consolidando como uma opção segura, eficaz e transformadora para crianças com paralisia cerebral espástica severa, classificadas nos níveis GMFCS IV e V — aquelas que não andam ou precisam de cadeiras de rodas.

📚 O estudo publicado na Neurosurgical Focus (2024) reuniu dados de 274 pacientes, incluindo 11 operados na Suíça entre 2018 e 2024. O foco foi claro: reduzir a espasticidade e melhorar o conforto, a rotina de cuidados e a qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias.

✅ O que foi observado?
✔️ Espasticidade reduzida em todos os pacientes
> Queda de até 3.2 pontos na escala de espasticidade (MAS), com efeito mantido ao longo dos anos.
✔️ Melhora da função motora (GMFM-66)
> 72% das crianças ganharam mobilidade e autonomia.
✔️ Maior controle da bexiga
> 78% passaram a ter menos incontinência e maior capacidade vesical.
✔️ Qualidade de vida em alta
> 92% dos pacientes e cuidadores relataram melhoria significativa na rotina e bem-estar.
✔️ Segurança cirúrgica
> Complicações foram mínimas (2 infecções superficiais e 1 fístula liquórica).
> Nenhum óbito relacionado à cirurgia.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, reforço: a SDR de nível único não é uma cura, mas pode ser um divisor de águas para famílias que lutam contra a rigidez, a dor e o sofrimento diário da paralisia cerebral grave. E o mais importante: com uma técnica menos invasiva, realizada com monitoramento neurofisiológico intraoperatório, os riscos foram drasticamente reduzidos.

👉 Em muitos casos, ela pode ser uma alternativa real à bomba de baclofeno, com menos complicações a longo prazo.

📖 Referência científica: Licci M, et al. Palliative single-level selective dorsal rhizotomy for children with spastic cerebral palsy GMFCS level IV and V. Neurosurg Focus. 2024;56(6):E6.

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🧠💉 Hemorragia Cerebral: transfundir mais sangue ajuda na recuperação?Essa é uma dúvida real nos CTIs do mundo todo. Em p...
21/05/2025

🧠💉 Hemorragia Cerebral: transfundir mais sangue ajuda na recuperação?

Essa é uma dúvida real nos CTIs do mundo todo. Em pacientes com hemorragia subaracnoide por ruptura de aneurisma cerebral (HSA), a queda da hemoglobina é comum. Mas até que ponto vale a pena transfundir sangue para melhorar o prognóstico neurológico?

📚 O estudo SAHARA Trial, publicado agora no New England Journal of Medicine, testou isso em 742 pacientes. Os resultados surpreenderam: transfundir de forma mais liberal (quando Hb ≤10) não trouxe melhora significativa na recuperação neurológica em comparação com a estratégia mais restrita (Hb ≤8).

Sim, o grupo que recebeu mais sangue teve menos vasoespasmo, mas isso não se traduziu em mais pacientes independentes ao final de 1 ano.

💡 O que isso nos ensina? Nem sempre “mais” é melhor. Cada intervenção médica deve ser precisa, individualizada e com base em evidências.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, acompanho de perto os avanços na neurocrítica e aplico o que há de mais moderno e responsável no cuidado de pacientes com HSA. Decisões como essa — transfundir ou não — fazem toda a diferença na UTI e no desfecho do paciente.

Se você ou alguém próximo enfrentou um aneurisma cerebral, conte com orientação especializada e um olhar atento aos detalhes que salvam vidas.



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🧠 Síndrome da Medula Presa (Tethered Cord Syndrome): O que muda entre crianças e adultos?📚 Um estudo publicado na Neuros...
20/05/2025

🧠 Síndrome da Medula Presa (Tethered Cord Syndrome): O que muda entre crianças e adultos?

📚 Um estudo publicado na Neurosurgical Focus (2024) analisou mais de 6.000 casos (3.315 pediátricos e 1.447 adultos), revelando diferenças importantes entre as apresentações nas faixas etárias, muitas vezes negligenciadas.

👶 Em crianças:
- Sintomas mais comuns: disfunção urinária, estigmas cutâneos, constipação e atraso motor
- Muitos casos são diagnosticados por sinais na pele (manchinhas, penugem, orifícios na linha média)
- Assintomáticos em quase 10%

🧓 Em adultos:
- Dor lombar (40,5%) e disfunção urinária (51,3%) lideram as queixas
- Frequentemente confundido com hérnia de disco, bexiga hiperativa ou outros distúrbios neurológicos

🧬 O que causa?
- Em crianças: malformações como mielomeningocele, lipoma, seio dérmico
- Em adultos: aderências pós-operatórias, filum terminale espessado, ou evolução silenciosa desde a infância

🩻 Diagnóstico
- A RM da coluna é essencial, mas pode ser normal!
- Urodinâmica ajuda em casos ocultos — alterações aparecem em mais de 80% dos pacientes
- Monitoração neurofisiológica intraoperatória é fundamental para evitar lesões durante a cirurgia

🔪 Tratamento e prognóstico
- A cirurgia de liberação da medula (TCR) é a principal abordagem
- Adultos melhoram mais da dor, enquanto crianças melhoram mais da função urinária e intestinal
- Complicações cirúrgicas são mais frequentes em adultos, principalmente fístulas e lesões nervosas

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, vejo que muitos casos poderiam ser diagnosticados mais cedo com uma anamnese detalhada, atenção aos sinais cutâneos e te**es adequados. A liberação cirúrgica precoce pode evitar sequelas neurológicas graves e melhorar muito a qualidade de vida.

📖 Referência: Tethered cord syndrome from pediatric and adult perspectives: a comprehensive systematic review of 6135 cases. Neurosurg Focus. 2024; 56(6):E18.

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👶🏻🧠 Capacete craniano: Quando é realmente necessário para tratar a plagiocefalia?A plagiocefalia posicional (ou assimetr...
15/05/2025

👶🏻🧠 Capacete craniano: Quando é realmente necessário para tratar a plagiocefalia?

A plagiocefalia posicional (ou assimetria craniana postural) se tornou mais frequente após as orientações de que os bebês devem dormir de barriga para cima — medida correta para reduzir o risco de morte súbita. Mas o crescimento do crânio pode ser afetado quando o bebê passa muito tempo na mesma posição.

📚 Uma revisão sistemática brasileira, publicada em 2025 no Child’s Nervous System, analisou mais de 18 mil casos para responder à pergunta:
Quando usar o capacete craniano?
E a resposta é: nem sempre.

🔍 O que o estudo mostrou?

✔️ O capacete é eficaz para casos moderados a graves — especialmente quando iniciado antes dos 6 meses de idade
✔️ Em casos leves a moderados, o reposicionamento e a fisioterapia precoce são muitas vezes suficientes
✔️ A fisioterapia manual com orientação aos pais apresentou os melhores resultados conservadores
✔️ A adesão da família ao tratamento (capacete ou fisioterapia) é fator decisivo para o sucesso
✔️ Apenas um estudo controlado e randomizadofoi identificado — ou seja, ainda há pouca evidência de altíssima qualidade

💡 Como saber se o capacete é indicado?

Depende de fatores como:
- Gravidade da assimetria
- Idade da criança
- Presença de torcicolo
- Resposta ao reposicionamento
- Capacidade da família aderir ao uso
- Custo e acesso

Por isso, a decisão deve ser sempre individualizada.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião pediátrico, oriento pais e pediatras a ficarem atentos aos sinais de assimetria craniana logo nos primeiros meses de vida. O tratamento é mais eficaz quando iniciado cedo — e nem sempre envolve capacete. Na maioria dos casos, medidas simples e fisioterapia orientada são suficientes.

📖 Referência científica: Dalla Corte A, Rohde MA. Cranial helmet orthosis in infants with positional plagiocephaly and brachycephaly: a systematic review. Child’s Nervous System. 2025.

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🧠💉 Hematoma Subdural Crônico: A Embolização Pode Reduzir Reoperações?O hematoma subdural crônico é uma das doenças neuro...
14/05/2025

🧠💉 Hematoma Subdural Crônico: A Embolização Pode Reduzir Reoperações?

O hematoma subdural crônico é uma das doenças neurológicas mais comuns no idoso. Tradicionalmente tratado com cirurgia, apresenta alta taxa de recorrência, principalmente em pacientes com comorbidades ou em uso de anticoagulantes.

📚 Um estudo internacional publicado no New England Journal of Medicine (2025) avaliou uma técnica inovadora: embolização da artéria meníngea média (EMM) como complemento ao tratamento padrão (cirúrgico ou conservador).

E os resultados foram animadores:

🔹 Redução de 64% no risco de falha do tratamento
🔹 Menor necessidade de reoperação
🔹 Mesmo índice de segurança (AVC ou morte em 30 dias: 3%)
🔹 Maior benefício nos pacientes que seguiram tratamento conservador

A embolização age bloqueando os pequenos vasos frágeis que alimentam o hematoma, interrompendo o ciclo de sangramentos e facilitando a reabsorção natural.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, vejo esse avanço como promissor, especialmente em pacientes frágeis ou com contraindicação à cirurgia repetida. A EMM não substitui a cirurgia em todos os casos, mas se mostra uma aliada poderosa para evitar recidivas e novas internações.

📖 Fiorella et al. NEJM 2025; 392:855–864.

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🧠👶 Topiramato, Valproato ou Lamotrigina na Gravidez: Existe Risco de Autismo para o Bebê?Essa é uma pergunta crucial par...
13/05/2025

🧠👶 Topiramato, Valproato ou Lamotrigina na Gravidez: Existe Risco de Autismo para o Bebê?

Essa é uma pergunta crucial para muitas mulheres com epilepsia ou enxaqueca que precisam usar medicações anticonvulsivantes durante a gestação.

📚 Um grande estudo americano, publicado no New England Journal of Medicine em 2024, avaliou mais de 4,2 milhões de nascimentos entre 2000 e 2020. O objetivo: entender se a exposição intrauterina a topiramato, valproato ou lamotrigina poderia aumentar o risco de transtorno do espectro autista (TEA) na criança.

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🔍 O que foi encontrado?

🔹 Valproato: risco aumentado de TEA
🔹 Topiramato: nenhum aumento significativo após ajustes
🔹 Lamotrigina: também sem aumento de risco

📊 Aos 8 anos de idade:
- TEA em filhos de mães que usaram valproato: 10,5%
- Topiramato: 6,2%
- Lamotrigina: 4,1%
- Sem anticonvulsivantes: 1,9%

📌 Após ajustes estatísticos, apenas o valproato manteve associação com maior risco de autismo. Topiramato e lamotrigina não mostraram associação significativa.

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👩‍⚕️ Como médico, reforço: o acompanhamento especializado é essencial. A escolha da medicação durante a gravidez deve ser individualizada, considerando o risco da epilepsia não controlada, a segurança fetal e o histórico materno.

📖 Fonte: Hernández-Díaz et al., NEJM 2024; 390:1069-79.

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🧠✨ Cirurgia em Crianças com Epilepsia Refratária: Esperança Real de ControleQuando o tratamento com remédios falha, o im...
08/05/2025

🧠✨ Cirurgia em Crianças com Epilepsia Refratária: Esperança Real de Controle

Quando o tratamento com remédios falha, o impacto da epilepsia na infância pode ser devastador: convulsões diárias, dificuldade escolar, atraso no desenvolvimento, isolamento social e queda na qualidade de vida.

📚 Um estudo robusto publicado no New England Journal of Medicine avaliou 116 crianças com epilepsia resistente a medicamentos. Metade recebeu apenas remédios. A outra metade passou por cirurgia especializada, indicada após exames avançados (RM, vídeo-EEG, PET, SPECT).

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📊 Resultados após 1 ano:

✔️ 77% das crianças operadas ficaram sem crises
✔️ Apenas 7% no grupo que seguiu só com medicação
✔️ Melhora significativa na qualidade de vida, comportamento e função social no grupo cirúrgico
✔️ Sem diferença significativa de QI entre os grupos
✔️ Alguns pacientes tiveram déficits motores esperados, mas a maioria evoluiu bem

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👨‍⚕️ Como neurocirurgião pediátrico, reforço: a cirurgia não é última opção. Quando bem indicada, pode transformar a vida da criança e da família, reduzindo crises e permitindo desenvolvimento mais saudável.

O tempo importa. Avaliar cedo é proteger o futuro.

📖 Fonte: Dwivedi et al., NEJM 2017; 377:1639–47.

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