Lívia Pires Guimarães

Lívia Pires Guimarães Psicóloga Clínica. Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais.

Especialista em Dependência Química, Gestão Pública em Organizações de Saúde, Criminologia, TDAH e Psicanálise Junguiana com Ênfase em Mitos, Contos e Artes.

31/07/2025
19/07/2025
As fotos são porque eu AMO fusca. Viatura de fusca então, parece um sonho! Essas paixões me acompanharam ao longo de tod...
07/07/2025

As fotos são porque eu AMO fusca. Viatura de fusca então, parece um sonho! Essas paixões me acompanharam ao longo de toda a minha vida!

Minha primeira especialização (e uma das mais prazerosas) foi sobre Criminologia e saber que as aulas eram dentro da Academia de Polícia, foi um diferencial. Durante a minha adolescência e início da vida adulta, a farda era um fetiche difícil de controlar. Na adolescência, passava a tarde com os veteranos da Segunda Guerra Mundial que jogavam baralho no Museu da FEB. Quando trabalhei para o governo, o segmento que disparadamente eu gostava mais, me identif**ava mais e trabalhava melhor, era com a Defesa Social. Sempre flertei com o militarismo apesar da minha natureza insubordinada e sou inclinada a achar que tudo o que eles organizam é bom, por causa da disciplina. E quando fui trabalhar no sistema prisional... De lá saiu casamento.

Hoje, ao participar de um evento de corrida de rua maravilhoso organizado pela Polícia Militar, pela primeira vez consegui observar esses aspectos meus com mais distanciamento. Acho que é a maturidade. Durante o evento, houve demonstração do trabalho de todos os segmentos das polícias. O evento estava extremamente bem organizado e lotado. E durante o evento, comecei a me perguntar: por que a gente gosta tanto disso?

A Segurança Pública só existe com um único objetivo: proteger. Só isso já rende vários posts no imaginário social, mas quero focar em um só. Temos pessoas treinadas que nos protegem de outro ser humano. E achamos extraordinário o investimento em todos os níveis de um ser humano atuar para "atacar" outro ser humano para nos proteger. Mas quem é o vilão e quem é o mocinho? E o que é a ordem pública, afinal? Quais são suas bases e sua ética, no final das contas? Essa conversa rende é um congresso inteiro.

Me diverti muito no evento e continuo achando que as corridas deste segmento as melhores e segue sendo uma das minhas áreas de atuação e conhecimento preferidas. Internamente, porém busco recursos para me proteger de mim mesma. E me pergunto se, paradoxalmente, não seria a avidez social pela ordem pública justamente uma grande fomentadora da barbárie...

Nos estudos sobre Cosmogonias, temos uma deusa antiga intitulada Lilith. Lilith é considerada uma deusa escura, por carr...
02/07/2025

Nos estudos sobre Cosmogonias, temos uma deusa antiga intitulada Lilith. Lilith é considerada uma deusa escura, por carregar em si uma face das nossas sombras. Uma das minhas favoritas, lado a lado com Perséfone e Sedna. Mas acho que Lilith ainda ganha no meu rol de preferências.

De acordo com o Oráculo da Deusa, os hebreus incorporaram essa Deusa e a transformaram na primeira esposa de Adão, que se recusou a deitar-se debaixo dele durante o ato s*xual. Ela insistia que, por terem sido criados iguais, eles deviam fazer s*xo de igual para igual. Como Adão não concordou, ela o deixou. Depois disso, na mitologia judaica, ela era descrita como um demônio. Teria também voltado na serpente que oferecera a maçã a Eva, alertando-a a sair do lugar de submissão (feita a partir da costela de Adão).

Lilith nos convida a reassumirmos o nosso poder. Em que ponto o perdemos ou desperdiçamos? Quais crenças mantemos que o negamos? Acaso nos disseram que uma mulher poderosa nunca encontra companheiros? Ou que as mulheres não podem ter poder porque isso nos anularia a feminilidade? Será que já fomos escarnecidas, afastadas ou banidas pelos outros quando esbarraram no nosso poder? Teríamos medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros?

O amigo nos ajuda a compreender que Lilith ao se recusar f**ar por baixo e não se submeter a Adão, representa a parte de nós que não se curva, que não pede permissão para existir, que reclama sua autonomia selvagem e sagrada.

Na última viagem tão revigorante que fiz para Teresina - PI, Lilith apareceu para mim (ela sempre dá as caras...) por meio dessa maravilhosa arte em argila, feita por um artesão local... Nenhuma mulher sai imune a um encontro com Lilith...

Em uma das festas juninas que fomos, meu marido viu um correio elegante. Nele, vinha uma moça com uma cesta com corações...
30/06/2025

Em uma das festas juninas que fomos, meu marido viu um correio elegante. Nele, vinha uma moça com uma cesta com corações de papel presos a um bombom. Ele pegou o coração e me deu. Imediatamente, meu filho falou algo no ouvido do meu marido e saiu correndo. Minutos depois chega com o mesmo coração e o mesmo bombom.

Não sou psicanalista, mas vamos falar um pouquinho de Psicanálise? O Complexo de Édipo é um conceito Freudiano que diz que a criança desenvolve um desejo inconsciente pelo genitor do s*xo oposto e sente rivalidade ou hostilidade em relação ao genitor do mesmo s*xo.

No caso dos meninos, há um apego emocional e afetivo pela mãe, podendo manifestar ciúmes do pai, haver rivalidade com o mesmo ou medo da punição, intitulada como angústia de castração.

A resolução do Complexo de Édipo se daria com a castração, que é a repressão do desejo incestuoso e identif**ação com o genitor do mesmo s*xo, internalizando normas sociais e valores morais, formando o superego.

Na contemporaneidade há muitas críticas quanto a essas teorias, com atravessamentos em questões machistas estruturais, culturais, familiares, acerca de novas teorias sobre o desenvolvimento infantil e a depender das estruturas clínicas de cada psiquismo. E eu concordo com todas elas.

O fato é que esse tipo de vivência é comum. Me lembro de ter sido "apaixonada" pelo meu pai e ganhar presente de dia dos namorados dele até o início da adolescência. Como mãe, é um convite difícil de resistir a um filho te vendo como a rainha da vida dele e não corresponder vendo-o como o amor de sua vida (principalmente quando o marido faz raiva - em psicanaliquês, revela suas faltas). Tenho plena consciência de que se tivesse tido uma filha, eu precisaria de mais empenho para ser uma mãe boa, porque sentiria ciúmes do meu marido dando afeto para ela.

Independentemente da teoria, os sistemas familiares precisam de uma ordem e seus membros se conhecerem, se reconhecerem, se colocarem e se manterem no seu lugar, sem perder de vista o amor. Para isso existe a psicoterapia.

Por aqui seguimos trabalhando por um arranjo familiar saudável. E por aí, como estão esses arranjos?

Presente, quando é presente de verdade, a gente não se contenta em guardar, quer mesmo é compartilhar.Há duas semanas eu...
22/06/2025

Presente, quando é presente de verdade, a gente não se contenta em guardar, quer mesmo é compartilhar.

Há duas semanas eu estive em Teresina - PI pela segunda vez. Da primeira vez, foi só trabalho e não deu tempo de fazer nada. Desta vez, eu tive umas horas livres antes do vôo e recebi este que foi um dos melhores presentes da minha vida! Fui conhecer os artistas que trabalham com argila e cerâmica.

Mais maravilhoso do que andar no calorão e ver os produtos, foi ter tido a oportunidade de ver o processo de produção. Por me faltarem palavras, compartilho com vocês os vídeos que meu anfitrião tão amorosamente gravou, além de ter tido a boa vontade, a sensibilidade, a generosidade e a iniciativa de me levar até lá! A você, meu anfitrião, f**a aquela gratidão difícil de colocar em palavras...

A Dona Irene é o símbolo desses artistas. Passam o dia trabalhando, com cada arte mais maravilhosa do que a outra, sendo vendida a preços ínfimos. Sabe aquelas peças lindas e caríssimas que você vê na Casa Cor? Muitas delas vêm daqui.

Do barro disforme, sai um conteúdo infinito, do tamanho da criatividade e do envolvimento do artista com a obra. Parece mágica ver o inconsciente humano e as mãos trabalhando a terra e dando vida a tudo o que se pode imaginar, muito além da técnica. A peça é criada e depois gestada no forno. Todo o processo tem seu momento, seu envolvimento, seu investimento, sua função.

Hoje eu me lembrei que quando eu fui para o Piauí no ano passado, eu cantei em um evento que eu queria ser um vaso nas mãos do oleiro. Um ano depois, o Oleiro confirmou que Ele escuta o que a gente pede... E da forma mais doce, sutil e amorosa possível!

Rene Descartes deixou para nós, dentre tantos outros, a célebre frase "Penso, Logo Existo", trazendo à tona o Racionalis...
15/06/2025

Rene Descartes deixou para nós, dentre tantos outros, a célebre frase "Penso, Logo Existo", trazendo à tona o Racionalismo e o pensamento como base existencial.

Já Winnicott populariza a frase "Penso, e sou visto, logo existo", na intenção de demonstrar a importância do primeiro olhar para a criança para o desenvolvimento de sua identidade.

E quando esse primeiro olhar não vem? Muitas pessoas passarão a vida buscando, atrás de confirmação do outro sobre si, afim de validarem quem se é em um eterno não saber.

Mas... E quando o olhar acontece?

Não estou dizendo daquele olhar que vê o que você faz, mas que olha quem você é. Não se trata apenas daquele olhar que reconhece o papel desempenhado, a palestra, a maternagem, a louça lavada... Nestes, se trata do olhar que julga, que avalia, o olhar de Descartes.

Como f**amos quando o olhar transpõe a performance e realmente olha para quem se é, o que se sente, seus gostos, preferências, comportamentos, hábitos? Olhar que valida sentimentos, anseios, sonhos, projeções? Aquele olhar que reconhece a existência singular e acolhe?

Uma das cenas mais marcantes para mim no filme Avatar é quando há a expressão "Eu te amo", expressa como "Eu te Vejo". Em um momento histórico onde há tanto exibicionismo, Big Brother, selfie, exposição, quem nos vê de verdade? Estamos conseguindo ver de verdade? E estamos prontos para nos desnudarmos e permitirmos que nossa alma seja vista?

O amor começa pelo olhar. As conexões se dão pelo ver e se deixar notar... Profunda e genuinamente... Despretensiosamente...

Mesmo sendo tão vista por multidões, é comum eu me sentir só. Somos incentivados a buscarmos olhares, curtidas e indicações, e acredite em mim; o vazio só aumenta. Esse olhar de muitos, vê a mensagem, vê a profissão, vê a atuação ou o pensamento.

Porém, quando o olhar acontece... o simples é o que faz sentido; não há mais anseio por busca alguma porque tudo já é, tudo já está. A existência já é sentida, e se já há vida, já fez tudo valer a pena. Esse olhar é único e pode ser múltiplo. Em dupla, grupo ou na multidão. Ele se reconhece e conhece. Ele vê a alma.

Quando o olhar acontece... Estamos prontos para ele?

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Quem sou

Possuo graduação em Psicologia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (2005), Especialização em Criminologia pela Pontifícia Universidade Católica / Academia de Polícia (2007), Pós-Graduação em Gestão Pública em Organizações de Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2011), Pós-Graduação em Dependência Química pela UNIFESP (2013) e Mestrado em Educação, Cultura e Organizações Sociais pela FUNEDI/UEMG (2011). Atuei como professora do Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono (CTMDT) e como colaboradora do Centro de Referência Regional em Alcool e Dr**as (CRR) da Faculdade de Medicina da UFMG. Atuei como professora e coordenadora do curso de Pós-Graduação em Dependência Química da PUC de Belo Horizonte, onde lecionei conteúdos quanto à abordagens e modelos de intervenção em dependência química, bem como professora da FACEM-BH, onde lecionei disciplinas de Psicologia. Atuei ainda como Diretora de Projetos e Pesquisas e Diretora de Reinserção Social pela Subsecretaria de Políticas sobre Dr**as de Minas Gerais, onde coordenei diversos projetos e promovi diversas capacitações. Fui consultora da Superintendência Municipal de Políticas Públicas sobre Alcool e Dr**as de Betim e de projetos de prevenção da Pastoral da Sobriedade em Belo Horizonte. Atualmente atuo como Psicóloga Clínica.