
30/08/2025
Silêncio e Voz: Encontrando-se na Vulnerabilidade
Há momentos em que o corpo cala, e com ele, a voz também se esconde. O adoecimento não afeta apenas o físico — ele reverbera na alma, silencia desejos, interrompe planos e nos confronta com uma vulnerabilidade que muitas vezes tentamos evitar. Mas é nesse silêncio imposto que, paradoxalmente, começamos a escutar o que antes era abafado: nossa verdadeira voz.
😶 O impacto emocional do adoecer
A doença nos desarma. Ela nos tira da zona de controle e nos coloca frente a frente com medos, inseguranças e fragilidades que estavam camufladas pela correria do cotidiano. É comum sentir-se invisível, como se o mundo seguisse seu ritmo enquanto nós ficamos à margem. Mas esse afastamento pode ser fértil. No silêncio da dor, há espaço para escutar o que realmente importa — e para reencontrar partes de nós que estavam esquecidas.
🗣️ Reencontrando a própria voz
A vulnerabilidade abre brechas. E por essas brechas, a voz interior começa a emergir. Não a voz que agrada, que se molda, que se esconde — mas a voz autêntica, que carrega verdades, limites e desejos reais. Ao aceitar a vulnerabilidade, damos permissão para sermos inteiros, mesmo que imperfeitos. E é nesse reencontro que nasce uma força silenciosa, mas poderosa: a força de ser quem se é, sem máscaras.
💪 Vulnerabilidade como força
Durante muito tempo, fomos ensinados a associar vulnerabilidade à fraqueza. Mas ela é, na verdade, uma expressão profunda de coragem. Ser vulnerável é se permitir sentir, é se abrir ao outro, é reconhecer que não temos todas as respostas — e que tudo bem não ter. A vulnerabilidade nos conecta, nos humaniza, nos fortalece. Ela é o solo fértil onde brotam empatia, compaixão e autenticidade.
A doença pode silenciar, mas também pode revelar. Pode nos fazer calar, mas também nos ensinar a falar com mais verdade. E nesse processo, descobrimos que a vulnerabilidade não nos diminui — ela nos amplia. Porque é no espaço entre o silêncio e a voz que encontramos, enfim, a nossa essência.
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