15/04/2024
Nós humanos somos preparados para evitar o que pode nos produzir dor, fazemos isso em relação a situações externas e também com os eventos internos como emoções, sentimentos e pensamentos.
Aprendemos ao longo da nossa vida a classif**ar esses eventos internos como positivos (bons) ou negativos (ruins) e isso tem produzido um grande problema: quando evitamos emoções dolorosas (negativas) podemos estar também abandonando coisas muito importantes para nós e evitando nos conhecer. Culturalmente vivemos uma ditadura da positividade, em que devemos ser felizes, que contribui para desenvolvermos flexibilidade psicológica e nos empurra para engajar em comportamentos para “jogar debaixo do tapete” o que estamos sentindo.
As formas de fugir dessas emoções estão relacionadas a mais sofrimento, mas momentaneamente essas ações anestesiam esses desconfortos: comer excessivamente, dependência por álcool e outras dr**as, excesso de trabalho, jogar compulsivo, excesso de uso de redes sociais, etc... Ao querermos reprimir as emoções nós também deixamos de vê-las como indícios do que é importante para nós. Lidar com as emoções de forma a reprimi-las é em vão! Elas sempre virão à tona!
O caminho é ter consciência desses eventos internos que acontecem no corpo, entender o que isso nos informa sobre nós e sobre o que estamos vivendo, não se prender a eles, e escolher ações que estejam alinhadas com QUEM QUEREMOS SER e COMO QUEREMOS VIVER. Essa é a base da Terapia de Aceitação e Compromisso, uma abordagem psicológica que promove um viver com mais signif**ado, uma vida mais valorosa, e isso está longe de ser uma vida na qual emoções desconfortáveis não façam parte. Só o que não está vivo não sofre!
Dica: Assista a palestra da Susan David que aborda esse tema de forma muito didática em “O dom e o poder da coragem emocional”.
Beijo, com carinho.