
24/07/2025
Imagine ter dificuldades para lembrar de acontecimentos, para realizar tarefas do dia a dia, passar a maior parte do tempo em casa, e, ainda: Não conseguir ouvir o que é dito à sua volta, não compreender uma conversa simples ou o que é falado na televisão?
A dificuldade para ouvir pode gerar mais isolamento, frustração e alterações comportamentais em pessoas com demência.
✨️A reabilitação auditiva pode ajudar a reduzir os impactos da dificuldade para ouvir em um contexto de aumento de outras limitações por causa do declínio cognitivo. Mesmo com limitações cognitivas o estímulo auditivo continua sendo importante: ajuda na comunicação, reduz o isolamento e contribui para qualidade de vida.
Para avaliar a audição em pessoas com declínio cognitivo, o exame de escolha continua sendo a audiometria, considerado o padrão-ouro.
Mas ele pode exigir adaptações:
• Ambiente controlado;
• Estratégias de comando;
• Adaptação cuidadosa para obtenção das respostas;
Nesses casos, é essencial a atuação de um profissional com expertise.
Além disso, podemos contar com te**es eletrofisiológicos, que não dependem da resposta voluntária do paciente.
No processo de adaptação aos aparelhos auditivos, o aconselhamento fonoaudiológico é ainda mais fundamental.
Garantir que o paciente e principalmente a família/cuidador compreenda o uso, manuseio e os cuidados com os aparelhos auditivos é essencial para o sucesso da reabilitação.
E mais: para além da indicação ou não do uso de aparelhos, o fonoaudiólogo, como profissional da comunicação, deve orientar a família quanto a estratégias de comunicação. Pequenas mudanças no modo de falar, no ambiente ou na rotina podem preservar o vínculo e facilitar o entendimento, promovendo mais interação e qualidade de vida.
📸A imagem do cérebro aqui é uma arte criada por Dr. Greg Dunn e Dr. Brian Edwards. Lindo, né?!