19/10/2024
O termino de uma relação, por mais comum e até frequente que seja, pode causar uma das experiencias mais dolorosas do indivíduo. Schettini (2000) diz que a separação “é como se, perdendo o outro, ter-se -á perdido uma parte de si. Produz-se uma descompensação.”
Com o termino a pessoa pode experimentar os mais diversos sentimentos, dor, apatia, confusão mental, rebeldia ou conformação, tudo vai depender de como aquele individuo esta experienciando a vida.
O parceiro deixado começa a fazer uma busca inconsciente do motivo do “abandono” e a dor da ferida pode se transformar em uma dor existencial. O eu que se espalhava no olhar do outro se perde, por esse olhar não mais existir, assim podendo perder sua sustentação neurótica.
Para Caridade (1997) existe uma sentença de dupla morte com a separação. “O apaixonado sabe que morreu dentro do outro. Tem que aceitar a vivência dessa morte ao mesmo tempo em que vai lutar desesperadamente para matar o outro que ficou dentro de si” (p. 98).
Se pensarmos na perda como uma agressão a integridade do indivíduo, ela o desestabiliza internamente, é uma ameaça ao equilíbrio e a auto regulação, ainda mais se for uma perda irreversível.
Por mais necessário que a perda seja, pois é com o vazio que existe a possibilidade de florescer e nascer algo novo e muito melhor, ela sempre é uma vivencia de dor.
Quando o individuo fixa na figura do amado, ele o coloca em um lugar mitificado, esquecendo sua dimensão real, essa fixação o impede de ver o “fundo” , o que realmente está acontecendo. O real motivo daquela dor.
Mas como a psicoterapia pode ajudar nesse processo? 🤔
A psicoterapia pode facilitar o desenvolvimento do cliente, na medida em que favorece a ampliação da consciência, a valorização da individualidade própria e da dos demais, a possibilidade de encontro, o fluxo de crescimento em direção à totalidade e à integração, a retomada do significado da vida, a responsabilidade e o estado de ser amoroso no mundo.