Maria Luiza Lima

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Maria Luiza Lima Nutrição para saúde nos ciclos da vida. Ph.D em Saúde do Adulto. Ref. bariátrica/metabólica e DCNT. Graduada em nutrição pela UFOP. Membro da SBSBM e da SBD.

Mestre em Patologia e Doutora em Ciências Aplicadas ao Aparelho Digestivo pelo Centro de Pós Graduação da UFMG. Membro do corpo clínico do Hospital Mater Dei. Grande experiência no atendimento ambulatorial (consultório próprio) aos pacientes pré e pós-cirurgia bariátrica (com mais de 5 mil pacientes atendidos) com elaboração de laudo técnico e acompanhamento nutricional; obesidade infanto-juvenil;

doenças associadas a obesidade, em especial, a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA); diabetes mellitus tipo 2; acompanhamento ambulatorial de pacientes do transplante hepático; doenças renais, enfocando a dietoterápica e reeducação alimentar consciente. Membro associado à clínica CVE e Gastromedintestinal; Membro do Instituto Alfa de Gastroenterologia – HC, onde prestou atendimento voluntário por mais de 8 anos no ambulatório do Fígado clínico (ambulatório Bias), associado a pesquisa cientifica. Autora de artigos científicos e capítulo de livros sobre obesidade mórbida e DHGNA; Membro revisor da revista ABTO. Recebeu premio de melhor artigo original (mestrado) publicado de 2005 a 2008, por ocasião centenário de Luigi Bogliolo, em abril de 2008, promovido pelo CPG-UFMG.

Glúten: entenda antes de excluir! O glúten é uma proteína presente naturalmente em cereais como trigo, centeio e cevada....
28/07/2025

Glúten: entenda antes de excluir!

O glúten é uma proteína presente naturalmente em cereais como trigo, centeio e cevada. Em pessoas com doença celíaca, sua ingestão desencadeia uma resposta autoimune que compromete a mucosa intestinal, exigindo exclusão total da dieta como tratamento.

Existe também a chamada sensibilidade ao glúten não celíaca — uma condição clínica ainda pouco compreendida, sem marcadores diagnósticos claros, mas que pode causar desconfortos gastrointestinais em algumas pessoas.

Fora esses casos específicos, não há evidências sólidas de que o glúten cause inflamação, ganho de peso ou prejuízos à saúde em indivíduos saudáveis. O que muitas vezes ocorre é que, ao retirar alimentos que contêm glúten — como pães, massas, bolos, biscoitos — a ingestão calórica diminui. E aí a perda de peso acontece, não por causa do glúten em si, mas pela redução calórica. Corresponder causa e efeito nesse caso é um erro comum.

Além disso, substituir o pão tradicional por tapioca, por exemplo, não é sinônimo de escolha mais saudável. Embora sem glúten, a tapioca tem carga glicêmica alta e valor calórico semelhante. Também é preciso cuidado com produtos industrializados “gluten-free”, que muitas vezes são ultraprocessados e apresentam pior perfil nutricional: mais sal, açúcar, gordura e menos proteína.

Sim, é possível ter uma alimentação equilibrada sem glúten. Mas para quem não tem doença celíaca ou sensibilidade diagnosticada, retirá-lo não é necessário nem garante saúde ou emagrecimento. Mais importante do que excluir um nutriente é olhar para o todo: qualidade dos alimentos, equilíbrio, prazer e escuta do corpo.

Você não emagrece por evitar o glúten. Você emagrece se come menos calorias do que gasta — com ou sem glúten.

Ref: Melini et al. Gluten-free diets: gaps and needs for a healthier diet. Nutrients, 2019.

Turistando nas alturas do cerrado...
24/07/2025

Turistando nas alturas do cerrado...

É possível melhorar o metabolismo em apenas 13 dias? A resposta é sim, e o segredo está no déficit calórico.Um estudo (G...
16/07/2025

É possível melhorar o metabolismo em apenas 13 dias? A resposta é sim, e o segredo está no déficit calórico.

Um estudo (Gilbertson et al., 2019) com mulheres obesas mostrou que tanto a dieta hipocalórica isolada quanto a dieta associada ao exercício intervalado melhoraram a adiposopatia (disfunção hormonal do tecido adiposo) e a sensibilidade à insulina em apenas 13 dias.

O dado relevante é que a melhora metabólica foi mais relacionada ao déficit calórico do que à perda de gordura corporal ou ao exercício físico em si.

Isso reforça que intervenções nutricionais bem estruturadas, mesmo de curto prazo, já têm impacto clínico importante na prevenção do diabetes tipo 2.

Referência: Gilbertson et al., 2019. Appl Physiol Nutr Metab. DOI 10.1139/apnm-2018-0717.

Os sintomas digestivos mexem com o nosso emocional…Muitas pessoas que convivem com gastrite, refluxo, síndrome do intest...
11/07/2025

Os sintomas digestivos mexem com o nosso emocional…

Muitas pessoas que convivem com gastrite, refluxo, síndrome do intestino irritável ou outras doenças digestivas relatam tristeza, ansiedade, irritabilidade ou sensação de esgotamento mental. Isso não é coincidência — é ciência.

O intestino e o cérebro estão profundamente conectados por um sistema chamado eixo intestino-cérebro. Essa comunicação acontece o tempo todo, principalmente pelo nervo vago. Quando o intestino está inflamado, desregulado ou sofrendo com desequilíbrios da microbiota, o cérebro recebe esses sinais e reage com alterações emocionais.

Para se ter uma ideia, cerca de 90% da serotonina, um dos principais neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, é produzida no intestino. Se há disbiose, inflamação ou mau funcionamento digestivo, a produção de serotonina pode cair, afetando diretamente o humor.

Além disso, doenças digestivas provocam um tipo de inflamação silenciosa e crônica que pode ultrapassar o intestino e afetar o funcionamento do sistema nervoso central. É comum que pessoas com esses quadros relatem cansaço emocional, baixa autoestima, alterações no sono e até sintomas depressivos.

E há ainda o impacto do comer com medo. Quando comer vira um risco, porque a comida pode causar dor, desconforto ou piora dos sintomas, o prazer de viver diminui. As restrições alimentares constantes e a tensão ao se alimentar também afetam a saúde emocional.

Por isso, cuidar do intestino é também cuidar da mente. A nutrição clínica, quando é feita com escuta e sensibilidade, se transforma em uma forma de cuidado integral.

Compartilhe com quem precisa entender que saúde mental e digestão caminham juntas.

Nos comentários, me conta: você já sentiu esse impacto no seu dia a dia?

Bariátrica e reganho de peso: dá pra prever?Até 30% dos pacientes bariátricos apresentam reganho significativo de peso a...
02/07/2025

Bariátrica e reganho de peso: dá pra prever?

Até 30% dos pacientes bariátricos apresentam reganho significativo de peso alguns anos após a cirurgia.

Mas e se a ciência pudesse prever quem corre mais risco — ainda nos primeiros meses do pós-operatório?

Com o uso de inteligência artificial e análise de dados clínicos, já é possível identificar:
• Padrões alimentares e emocionais
• Tipo de cirurgia (bypass ou sleeve)
• Presença de síndrome metabólica
• Composição corporal inicial

E o mais impressionante: o algoritmo pode indicar, por exemplo…

Que o paciente tem 70% de chance de reganho significativo em 2 anos, se não houver intervenção nutricional e comportamental intensiva.

Isso permite ao nutricionista:
• Agir antes do problema aparecer
• Personalizar o cuidado
• Aumentar a adesão
• Proteger os bons resultados da cirurgia.

A nutrição está entrando na era da precisão e da prevenção.

Você já está preparada para esse novo tempo?

Saux P et al; Development and validation of an interpretable machine learning-based calculator for predicting 5-year weight trajectories after bariatric surgery: a multinational retrospective cohort SOPHIA study. Lancet Digit Health. 2023 Oct;5(10):e692-e702. doi: 10.1016/S2589-7500(23)00135-8. Epub 2023 Aug 29. PMID: 37652841.

Ontem atendi dois casos clínicos que ilustram, de forma clara, como a alimentação ainda é subestimada como ferramenta te...
25/06/2025

Ontem atendi dois casos clínicos que ilustram, de forma clara, como a alimentação ainda é subestimada como ferramenta terapêutica.

Uma paciente de 60 anos com distúrbios alimentares relevantes, baixa ingestão calórica e histórico de aversão alimentar associado a eventos traumáticos na infância.

Outro paciente, um adolescente com paralisia cerebral, epilepsia e TDAH, com padrão alimentar altamente restritivo, consumo frequente de ultraprocessados e deficiência de B12.

Em ambos os casos, a alimentação apresentava impacto direto no estado nutricional, na qualidade de vida e no prognóstico clínico.
A ausência de estratégias nutricionais adequadas pode perpetuar agravos à saúde física e mental.

É urgente ampliar o reconhecimento da nutrição como parte integrante do cuidado clínico, especialmente em condições complexas e crônicas.

Nutrir não é apenas prescrever alimentos — é considerar história, contexto, função e possibilidade.

No Megaleite 2025, juntos — como sempre foi e como ainda será.
22/06/2025

No Megaleite 2025, juntos — como sempre foi e como ainda será.

Hoje ganhei esse presente cheio de cor e carinho.Uma obra feita por uma pequena paciente de 5 anos, que chegou até mim c...
13/06/2025

Hoje ganhei esse presente cheio de cor e carinho.
Uma obra feita por uma pequena paciente de 5 anos, que chegou até mim com uma alimentação bastante desequilibrada para a sua fase de crescimento.

Mas antes de falar em nutrientes, falamos de afeto.
Antes de propor mudanças, escutamos.
Antes de equilibrar o prato, criamos vínculo.

Cuidar da saúde infantil é também enxergar o olhar da criança — e o que ele expressa em cada traço, gesto ou rabisco.

Seguimos juntas, passo a passo, desenho a desenho.
Com leveza, respeito e muito amor.

VIVER mais e melhor: o papel da ALIMENTAÇÃO  na LONGEVIDADE!Vivemos cada vez mais, mas também convivemos com um número c...
15/04/2025

VIVER mais e melhor: o papel da ALIMENTAÇÃO na LONGEVIDADE!

Vivemos cada vez mais, mas também convivemos com um número crescente de doenças crônicas. A boa notícia é que a alimentação tem papel central na promoção de uma vida mais longa e saudável.

Estudos mostram que manter um peso adequado ao longo da vida, com uma ingestão calórica moderada, contribui significativamente para o envelhecimento saudável. Mais importante do que a quantidade de gorduras, proteínas e carboidratos consumidos, é a qualidade dessas fontes alimentares.

Padrões alimentares como a dieta mediterrânea, nórdica, Okinawa, DASH e dietas à base de vegetais estão associados à menor mortalidade e maior longevidade, justamente por priorizarem alimentos naturais e minimamente processados, ricos em nutrientes, e por limitarem carnes vermelhas e processadas.

Quando uma alimentação equilibrada é combinada com outros hábitos saudáveis, como atividade física, sono de qualidade e não fumar, é possível ganhar até 10 anos de vida livre de doenças. Mais do que seguir fórmulas rígidas, é essencial adaptar as recomendações nutricionais ao contexto cultural, às preferências individuais e às necessidades das pessoas idosas.

Promover ambientes alimentares acessíveis e saudáveis, principalmente em instituições públicas e de cuidados, deve ser prioridade nas estratégias de saúde pública.

Referência:J Intern Med. 2024 Apr;295(4):508-531.
doi: 10.1111/joim.13728.

Nem sempre o plano alimentar mais técnico é o que dá certo. Na prática clínica, aprendi que o verdadeiro sucesso está na...
11/04/2025

Nem sempre o plano alimentar mais técnico é o que dá certo. Na prática clínica, aprendi que o verdadeiro sucesso está na aderência.

Aderir é muito mais do que seguir uma prescrição. É fazer sentido na vida real. É o paciente conseguir, de fato, colocar em prática o que conversamos no consultório.

E isso só acontece quando há vínculo, respeito, escuta e um olhar atento para quem está ali. Quando o plano é construído a partir da realidade, das possibilidades, dos afetos e da história de cada um.

O que me diferencia como nutricionista é exatamente isso:
Traduzir a ciência em cuidado possível.
Acolher com empatia.
Criar estratégias viáveis, que cabem na rotina, no prato, no coração.

Porque nutrição, para mim é:
Cuidar para além do alimento.
Cuidar de quem come.

Dra. Maria Luíza Rodrigues Pereira
Tel: 031 99952-2435

Álcool e Bariátrica: O que você precisa saber! Após a cirurgia bariátrica, o álcool age diferente no seu corpo! A absorç...
14/02/2025

Álcool e Bariátrica: O que você precisa saber!

Após a cirurgia bariátrica, o álcool age diferente no seu corpo! A absorção é mais rápida, os efeitos são intensificados e duram mais tempo. Além disso, aumenta o risco de hipoglicemia, irritação gástrica e até mesmo a dependência.

Se você fez ou pretende fazer a cirurgia, fique atento:

📍Evite o consumo nos primeiros meses
📍Beba sempre com moderação e nunca de estômago vazio
📍Prefira bebidas com menor teor alcoólico
📍Cuidado com o reganho de peso – álcool tem calorias vazias!

A melhor escolha? Priorizar sua saúde!

Compartilhe esse post com quem precisa saber disso!

Mecanismo da Fome: O Que a Ciência Descobriu e Como Isso Pode Impactar Sua AlimentaçãoUm estudo recém-publicado na Natur...
09/02/2025

Mecanismo da Fome: O Que a Ciência Descobriu e Como Isso Pode Impactar Sua Alimentação

Um estudo recém-publicado na Nature revelou um novo grupo de neurônios no hipotálamo que pode ampliar nossa compreensão sobre o controle do apetite!

Pesquisadores da Universidade Rockefeller, Stanford e outras instituições identificaram os neurônios BNC2, que respondem rapidamente à leptina, o hormônio da saciedade. Além disso, esses neurônios são influenciados pela palatabilidade dos alimentos e pelo estado nutricional do corpo, sugerindo que a qualidade da alimentação impacta diretamente nosso apetite e controle de peso.

O que os cientistas descobriram?
Quando os receptores de leptina nesses neurônios foram bloqueados em ratos, os animais comeram mais e ganharam peso. Isso sugere que novos tratamentos para a obesidade poderão agir diretamente nesses circuitos neurais, ajudando no controle da fome.

Enquanto esses tratamentos ainda não estão disponíveis, PODEMOS MODULAR A SACIEDADE ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO?

Inclua alimentos que favorecem a saciedade, como proteínas magras, fibras solúveis e vegetais minimamente processados.

Evite o consumo excessivo de ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras, que podem interferir nos sinais naturais de saciedade.

Atenção à palatabilidade! Sabores muito intensos podem estimular um consumo maior do que o necessário.

Cuide do estilo de vida, pois hábitos como comer devagar, dormir bem e controlar o estresse favorecem o equilíbrio dos hormônios que regulam o apetite.

Embora essa descoberta ainda precise de mais investigações para entender completamente sua relação com a nutrição, já sabemos que uma ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA e HÁBITOS SAUDÁVEIS são fundamentais para o CONTROLE DA FOME E DO PESO.

Para ler o estudo completo, acesse: Nature. 2024 Dec;636(8041):198-205. doi: 10.1038/s41586-024-08108-2. Epub 2024 Oct 30. PMID: 39478220; PMCID: PMC11618066.

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