11/07/2018
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida por uma bactéria - Clostridium Botulinum. Ela age bloqueando a produção ou a liberação de acetilcolina nas sinapses e junções neuromusculares. Especif**amente, para fazer com que os músculos se contraiam, os nervos libertam a acetilcolina. Esta se liga aos receptores nas células do músculo e faz as células musculares contraírem. A toxina botulínica age então, impedindo a liberação da acetilcolina e, consequentemente, impede a contração das células.
Para entender o que acontece, é preciso lembrar que, entre o músculo e os nervos, há uma placa responsável pela transmissão do estímulo nervoso que produz a contração muscular. A toxina botulínica age nessa placa, dificultando a transmissão do estímulo e levando ao relaxamento da musculatura. É dessa propriedade fisiológica que advém sua utilidade terapêutica. Durante a aplicação o médico marca os pontos de aplicação e o efeito de cada ponto se dará num círculo ao redor desse ponto com diâmetro de 1cm. Assim o médico consegue distribuir a toxina por toda a área a ser tratada. Nos últimos vinte anos, foram apresentados vários trabalhos mostrando que, numa concentração bem baixa, ela pode ser usada para relaxar músculos contraídos.
A sua injeção é desde o ano 2000 o procedimento estético não cirúrgico mais frequente.
As indicações mais frequentes são variadas: a estética, o estrabismo, o excesso de suor, torcicolos e enxaquecas.
Há 43 músculos na face e é vital que a pessoa que aplica as injeções de toxina botulínica entenda e identifique os pontos corretos para otimizar seu tratamento. A ação se dará nas rugas dinâmicas - aquelas linhas que aparecem ao movimento/contração.
Os efeitos da toxina botulínica começam a ser percebidos em torno de 3 dias após a injeção. Eles atingem seu pico geralmente dentro de uma semana, mantendo seus efeitos em torno de 4 a 6 meses. Quando os efeitos da toxina desaparecem a reinjeção é necessária para o prosseguimento de relaxamento muscular.