Consultório de Psicologia - Psicanálise .

02/11/2025

Um filme profundo!

Me fez pensar sobre a diferença de uma mente intelectualizada e uma maturidade emocional. Do sujeito que fala e ensina sobre Ética, mas que só funciona a nível de máscara e se perde nas questões emocionais e relacionais, dirigidas pelas marcas e feridas que estão no inconsciente.

Um filme que fala das " diferenças de linguas" , como diria Ferenczi.

São muitas questões a serem pensadas, por isso traz um ritmo mais lento. Um filme para ser sentido e trazer sentido.

25/10/2025

24/10/2025

Agenda cheia de temas importantes.
A técnica na clínica, os trauma e suas consequências, transferência erotizada na neurose e não neurose, ....

18/10/2025

" O trauma é talvez a causa de sofrimento humano mais evitada, minimizada, negada, incompreendida e não tratada".

Ele não é apenas o que acontece a si, mas o que acontece dentro de si. Define uma divisão duradoura no eu, provocadas por acontecimentos difíceis que causam uma lesão psíquica, engloba o sistema nervoso, o corpo e a mente; que dura além do incidente.

" Foi em 1889, pela primeira vez, o francês Pierre Janet, pioneiro da psicologia, afirmou que a memória traumática se manifestava em ações e reações, sensações e atitudes automáticas... revividas e reproduzidas em sensações vicerais".

Tem um exemplo interessante, relacionado ao distanciamento dos pais com os filhos, devido viagem ou qualquer outro motivo, que ultrapasse o tempo que a criança consegue suportar à ausência deles.
"Todas as crianças ao verem a mãe pela primeira vez ao fim de dias ou semanas de separação, mostravam um certo grau de desapego...esta rejeição da mãe que ama, é uma adaptação: "fiquei tão magoado quando me abandonaste, que não vou voltar a ligar-me a ti." Diz a mente da criança.

São reações como estas no início da vida, que ficam impressas no sistema nervoso, na mente e no corpo do indivíduo. Que causam perturbação em relações futuras, se manifestando ao longo da vida.
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Ana Virginia Ribeiro Machado

17/10/2025

Pequenos trechos, pequenas lembranças, pequenas ou pequenos... o que realmente faz a gente nomear, o que é grande e o é pequeno?

O "pequeno" que nasce, é o mesmo que lá na frente, terá que viver ou enfrentar, outros possíveis nascimentos que teremos no caminhar da vida.

No início, as dores não são fáceis, devido a descontinuidade de uma completude intra- uterina, para uma dependência absoluta da mãe, que precisa segurá-lo e sustentá-lo, facilitando seu amadurecimento humano.

Se tudo correr bem, como diz Winnicott, passará para a dependência relativa, e logo caminhará para a independência também relativa. Mas outros tropeços podem acontecer e outros desafios vão se apresentando ao londo deste caminhar, causando sofrimento muitas vezes inominável e por isso, mais uma vez vai precisar nascer, conquistar o " Ser", o existir, o si mesmo.

15/10/2025

Hoje foi um dia especial.

conseguiu reunir pessoas que, assim como eu e meu marido, tem um grande afeto, respeito e estima pelo Dr. Lippi.

Foi ele que propiciou o curso sobre Bion, que participei durante dois anos. Dr. Lippi, com sua influência e conhecimento, conseguiu trazer psicanalistas de ponta, de todo o Brasil, para falar sobre técnica, teoria e experiência na clínica psicanalítica.

Através dele, fui convidada a participar como voluntária no AMEFI, ambulatório especial de atendimento às familias incestuosas. Foram oito anos, onde tive a oportunidade de vê-lo atender casos importantes e difíceis. Onde os atendimentos eram feitos com dois profissionais. A sua escuta séria, respeitosa e afetuosa, sempre foi um exemplo para todos que ali estiveram.

Conseguia, com seu olhar, sua capacidade de escutar e de esperar, alcançar o paciente, percebendo as nuances no silêncio, nas comunicações verbais e não verbais. Era a roupa do paciente, era um olhar, era a escolha onde se assentavam...nada se perdia de sua atenção, tudo era importante.

E assim foi durante toda a sua coordenação, com reuniões depois dos atendimentos, observações e discussões no grupo, tudo regado com sua experiência e sensibilidade.

Só tenho a agradecer a oportunidade que eu tive, de tê-lo como mestre, na escuta analítica.

06/10/2025

EU!

Sou aquela que desde pequena foi acostumada a brincar em jardins, árvores, ruas, praias... ou seja, ao ar livre. Que saboreava as frutas através de todos os sentidos humanos. Olhando e observando sua cor, seu tamanho, suas características…

Sou aquela, que se encantava, com os sabores e as cores de cada fruta colhida: seja a manga, com seu tom esverdeado, com oscilações de laranja, rosa, amarelo e vermelho; ou a Goiaba, com seu verde claro ou escuro, sendo por dentro rosa vivo. O Jambolão, roxo por fora e magenta por dentro; a Seriguela, amarela e laranja, quando estava madura...

Algumas amadureciam, outras se perdiam, apodreciam, pois eram picadas por bichos e insetos, "invadidas". Fazendo uma alusão, sofriam um colapso, no seu vir a "Ser".

Assim, fui crescendo e amadurecendo, desenhando na areia da praia e vendo o mar apagar os desenhos.  Fazendo castelos de areia e frustrando-me com a maré que vinha e desmanchava minha construção.

Tudo isso e muito mais, me fez seguir na Psicologia e na Psicanálise. 

Hoje meu olhar está voltado para o cuidado com as pessoas, para seus sofrimentos e impossibilidades que impedem seu vir a "Ser". 

Meu trabalho é buscar acompanhar, acolher e tentar criar uma relação em cada encontro com meus pacientes. Buscando o seu próprio reconhecimento de si mesmo, seu amadurecimento e fortalecimento, para poder lidar com as dificuldades da vida e assim, a vida ter mais sentido.

Ana Virginia Ribeiro Machado
CRP 04/15842

06/10/2025

Supervisão e Grupo de Estudo.

Todos nós, psicólogos e psicanalistas, lidamos diariamente com as dores emocionais, com a fragilidade do "Ego", com a solidão e o enactment…

Vivenciamos muitos momentos difíceis e confusos na clínica, onde podemos ficar contagiados com as projeções e identificações projetivas do paciente, ficando impossibilitado de acolher ou ter uma compreensão melhor do caso, ou distinguir o que é de si e o que é do outro. 

Assim é importante o olhar de um terceiro, uma supervisão que possa ajudar a expandir o pensar do analista.

Muitas vezes, precisamos apenas ter alguém que possa nos acolher na condução de um caso, nos transmitindo segurança, possibilidades e esperança. 

O analista com seu supervisor, além das trocas sobre técnicas, teorias clínicas e textos, pode vivenciar e elaborar, nas supervisões, os afetos que não foram compreendidos ou trabalhados durante uma sessão. 

A supervisão deve ser compreendida como uma necessidade de todo analista e psicólogo. Faz parte de um tripé que enriquece a prática clínica, juntamente com a própria análise do analista e seus estudos teóricos. Um trabalho ético e sério, que se fundamenta no cuidado com a escuta.

Ana Virginia Ribeiro Machado - CRP 04/15842

Proposta:

Supervisão individual ou em grupo, com duas pessoas.

Encontro semanal ou quinzenal, com duração de uma hora. 

A supervisão será para casos clínicos de pacientes adultos.