04/05/2025
“Ancestral”.
A exposição Ancestral é um mergulho nas raízes, um reencontro com tudo aquilo que muitas vezes nos foi negado. É uma experiência sensorial e simbólica, que toca em algo muito íntimo: a conexão com quem veio antes, com nossas origens, com nossos caminhos. As obras dialogam com espiritualidade, com memória, com identidade. Saí de lá com o coração cheio e com a sensação de que minha história tem valor, tem profundidade, tem um lugar no mundo.
Além disso, é preciso dizer: a África é um continente imenso e diverso. São dezenas de países com culturas próprias, expressões artísticas únicas, línguas e tradições singulares. Reduzir toda essa complexidade a uma ideia única ou homogênea é apagar uma diversidade cultural riquíssima. E essa pluralidade salta aos olhos em uma das salas da galeria, onde obras representando diferentes países africanos estão dispostas lado a lado, revelando a beleza e a singularidade de cada cultura.
Essas exposições são importantes não só pela qualidade artística, mas porque nos colocam no centro da narrativa. Elas reafirmam que nossas vivências, nossos corpos e nossas culturas merecem ser celebrados. Para mim, foi muito mais que uma visita – foi um reencontro comigo mesma e com os meus. E é por isso que recomendo a todo mundo: vá, sinta, se permita.
PS. Na exposição "Ancestral", enquanto eu observava as fotografias, uma pessoa se virou para mim e disse: “Você poderia estar ali!”. Até agora, fico refletindo sobre o que isso quis dizer. São muitos os sentidos possíveis, mas escolho interpretar essa fala como "identificação".
Você já foi ao CCBB assistir às duas exposições?