13/06/2024
A POLITICA DOS SETE CHACRAS
O quarto chacra do Coração é o Rei, pois é no coração secreto que mora nosso Ser verdadeiro, o Ser que ama, que os sábios indianos chamam de Purucha. https://pt.wikipedia.org/wiki/Purusha
Esse Rei senta-se humildemente num banquinho de três pernas, ou seja, ele se apoia no povo. Que no corpo são os três chacras inferiores de energia sutil.
O assento do Rei do banquinho de três p***s é o diafragma, nome cuja etimologia vem do Grego DIAPHRAGMA, e quer dizer “parede, cerca, separação”, “obstaculizar, colocar uma barricada.
Mas o que o diafragma separa e porquê?
Ele separa as emoções viscerais (antissociais) dos sentimentos do coração (sociais).
Quando a pessoa controla suas emoções pelo medo de não ser aceita em sua família, e depois, pelos outros, o diafragma f**a tenso e a pessoa f**a com uma respiração curta, enchendo ap***s o peito, para assim manter-se autocontrolada reprimindo suas emoções para assim f**ar aceitável. Esse estado crônico de tensão instalada gera uma respiração ansiosa e, por consequência, um estado ansioso (com o medo de que seu passado infeliz possa ser projetado no futuro) ocupando o corpo com duas forças opostas:
1- De um lado, existe a pressão que as emoções fazem para subir e fazer a pessoa perder o controle elas, sabotando e desativando o diafragma.
2- Do outro lado, existe um controlador interno apoiado pelo superego e o ego ideal, que não só querem manter a autoimagem como também reprimir as emoções, vistas como sendo infantis e inadequadas.
Por outro lado, na respiração natural, não comprometida pelo conflito de forças antagônicas, o diafragma permanece relaxado e a respiração é ampla, provendo ao corpo energia e disposição. Existe assim uma harmonia entre sentimentos e emoções. Por isso o yoga combate o stress.
Observem como um bebê respira movimentando a barriga primeiro e depois o ar vem subindo sem impedimento para o peito, numa respiração muito tranquila.
Quando três chacras inferiores de uma pessoa são bem trabalhados e bem resolvidos, o diafragma f**a relaxado e o Rei Coração, sente que tem apoio para exercer seu poder amoroso, sem o medo de que, as três pernas do seu banquinho, ou alguma delas, possam derrubá-lo.
Se o Rei sentir muita tensão entre os três chacras do seu banquinho, ele pode f**ar com medo de f**ar sem o seu suporte. O medo faz com que o Rei feche seu coração, pois é o medo que vira a chave do coração e o medo é o oposto do amor.
Como o poder do Rei brota do amor a si mesmo e se estende para amar a seus próximos, por causa do medo, o Rei perde seu poder e assim f**a refém dos três ministros, cujo poder lhes foi outorgado por suas funções: a função do terceiro é exercer poder, a do segundo e buscar alegria e prazer e a do primeiro assegurar-se da manutenção segurança. Todos eles têm medo de falhar em suas respectivas funções.
Por isso o rei nomeou o seu terceiro chacra como seu ministro da guerra mas, sem devoção ao Rei, ele pode se tornar agressivo e revolucionário e querer se afirmar submetendo os outros numa ditadura militar, e porque imagina que será atacado, determina que ele está sempre certo e os outros dois, sempre errados.
Já o segundo chacra tornou-se o ministro dos desejos e quando perde a devoção ao Rei, ele só quer ser amado e mimado e bem nutrido, e para isso, ele se torna sedutor e complacente, as vezes f**ando diplomático, outras as vezes manipulador, mas ele só pensa em si querendo ap***s satisfazer o seu apetite insaciável.
O primeiro chacra tornou-se o ministro da segurança financeira do Rei, mas quando ele perde a devoção ao Rei, ele se torna excessivamente conservador e faz tudo para f**ar seguro, o que é a sua prioridade máxima. Portanto, para ele, obter dinheiro e não ser abandonado é tudo de que ele precisa para poder g***r a sua vida enquanto dure.
Mas, na falta do poder carismático do Rei, todos os três visam cumprir ap***s suas próprias funções, sem ter uma visão sistêmica do todo, uma visão que, uma vez unida à devoção ao Rei, poderia fazer com que eles fossem como os Três Mosqueteiros, cujo lema é: Um por todos e todos por um”.
Mas não, o ponto de vista de cada um é autocentrado e cada um visa ap***s a sua meta a ser alcançada custe o que custar. Eles não se unem. Sem a liderança do rei, que é baseada no carisma do coração, a única liderança que poderia encontrar uma verdadeira devoção e fidelidade, os três inferiores f**am cada um por si e uns contra os outros.
A história mostra o que acontece quando os inferiores assumem o poder e a tirania dos inferiores sobre os superiores consiste em cortar as cabeças daqueles que só tinham cabeça e nenhum coração.
Não, sem o Rei, eles três competem uns com os outros e usam seus próprios padrões estratégicos obtusos, que foram inventados por uma criança carente, recorrendo a reatividades emocionais, estratégias de poder, onde esses três são como crianças caprichosas com demandas feitas ao Rei para que ele concorde com suas vontades e caprichos, exigindo que o rei decida ap***s por cada um deles e contra os outros.
Mas, o Rei não faz nada enquanto eles não fizerem as pazes. No máximo f**a assistindo os conflitos, como se fosse sua série favorita. Fazer o que? ...se pelo medo o Rei se tornou impotente?
Mas a paz nunca acontece e o Rei permanece mudo e encolhido num canto, observando o caos que seus ministros estão aprontando.
Olhando para baixo os chacras superiores, orgulhosos por serem superiores, e confiando em suas capacidades superiores, cada um deles resolve intervir.
Quem são eles?
O quinto chacra, o da garganta, quer usar seu poder de persuasão, de manipulação e de emitir e proclamar ordens e decretos, todos muito bem argumentados e todos a seu favor.
O sexto, com seu poder de visão estratégica preventiva, um verdadeiro jogador de xadrez, sempre se adiantando e prevendo as tramas dos adversários, mas ao mesmo tempo, maquinando seu poder de reflexão para propor e impor ideias salvadoras para todos no seu suposto reino, acusando algum bode expiatório para que os outros projetem suas próprias culpas nele. Só com base em suas sábias ideias haveria alguma chance do reino ser salvo, e ap***s por ele.
O sétimo chacra desistiu sabiamente do poder e ficou meditando no Himalaia e ninguém sabe sequer se ele ainda existe, mas já ouviram falar dele. Periga alguém usá-lo para inventar uma religião fundamentalista ou um culto para aqueles que gostam surfar na maionese, algo que livre seus adeptos deludidos da responsabilidade pelas suas próprias vidas.
Essa elite superior arrogante (na falta da liderança do rei), vendo a bagunça instalada no reino e, constatando que os três chacras inferiores estão mantendo seu Rei sob custódia, resolvem intervir, cada um tendo mesmo ponto de vista, o dever de usurpar o poder do Rei e submeter os três chacras inferiores. Cada um deles irá lutar para realizar a façanha de tomar o poder e f**ar atento para o que os outros dois chacras, não venham a tramar contra ele.
Mas o capítulo onde o Rei volta ao seu poder de direito, f**a para a próxima vez, só adianto que isso aconteceu lá, num país não muito longe daqui, lá onde todos mantém seus corações amorosos e corajosos e firmes, sem se deixarem controlar pelo medo.
Sergio Condé