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Verônica Valente psicologia e psicanálise

Conversando com um amigo hoje, surge a reflexão:Bancar o valor do amor tem sido um desafio, grande parte das pessoas tem...
15/07/2025

Conversando com um amigo hoje, surge a reflexão:
Bancar o valor do amor tem sido um desafio, grande parte das pessoas tem preferido nadar no raso.
Porém, só quem se permite mergulhar nas profundezas da alma pode experimentar o sentimento oceânico e sublime:
aquele que, um dia, Freud reconheceu como talvez a única experiência de completude possível de ser vivida.

Verônica Valente

A expressão do que somos nós ambientes em que vivemos... me encantam.
11/07/2025

A expressão do que somos nós ambientes em que vivemos... me encantam.

Infância à Venda(Por Verônica Valente)As dr**as, hoje, mais do que nunca,invadem a juventude como medalhas de status,sím...
02/07/2025

Infância à Venda
(Por Verônica Valente)

As dr**as, hoje, mais do que nunca,
invadem a juventude como medalhas de status,
símbolos de prestígio,
privilégios vazios,
vantagens ilusórias.

Vamos olhar para nossas crianças?
Pequenos alvos de um mercado faminto,
vistas como lucros em potencial,
sonhos transformados em cifras,
e, por nós, pais,
como projetos de sucesso,
moldados para competir,
consumir, vencer —
como se o consumo fosse o único sentido.

Mas o que resta do tempo de ócio?
Da fantasia?
Da imaginação?
Do contato com o outro?
Recursos raros,
únicos,
que nutrem a alma,
produzem coragem, alegria,
amor-próprio,
e dão à vida
o desejo de ser vivida.

Como disse Freud:
“É impossível enfrentar a realidade o tempo todo
sem nenhum mecanismo de fuga.”
Se não deixamos espaço para o lúdico,
o mercado oferece suas saídas:
dr**as —
para preencher o vazio,
acalmar a angústia,
abafar o desamparo
que habita em cada um de nós.

Hoje, nossos filhos são levados
de aula em aula,
de escola em escola,
de curso em curso.
Se falham, ritalina;
se vencem, um celular novo.
Se entediam, fast food.
E assim aprendem
que são incapazes de enfrentar
seus fantasmas sem um objeto,
sem algo que os afaste deles mesmos —
sem dr**as.

Então, quando seu filho se entediar,
se frustrar,
se irritar,
ofereça a ele o limite,
com ternura e coragem,
mostre que sentir faz parte,
e que você confia
em sua força para atravessar
sem precisar de nada
que o mate por dentro.

A Medicalização da Vidapor Verônica ValenteEsta reflexão não busca condenar o uso de medicamentos psiquiátricos.Há momen...
10/06/2025

A Medicalização da Vida
por Verônica Valente

Esta reflexão não busca condenar o uso de medicamentos psiquiátricos.
Há momentos em que essas substâncias são essenciais — bálsamos necessários para acalmar tempestades internas, tratar dores que, de tão profundas, já não cabem no silêncio.

Mas é preciso cuidado.
Cuidado para não transformarmos em doença aquilo que é simplesmente... humano.

O sofrimento não é falha.
É parte.
É matéria viva da nossa existência.
Talvez seja ele o que mais nos distingue das máquinas — essas que operam sem sentir — e até mesmo dos animais, que, embora sofram, não transformam a dor em poesia, pensamento, arte ou transcendência.

Nós, sim.
Somos moldados pelos afetos.
Aquilo que nos toca, nos atravessa — provoca, transforma.
E é daí que brota a subjetividade:
essa maneira única de ver o mundo,
de interpretá-lo com os olhos da alma,
de habitá-lo com a presença do Eu.

São as nossas dores as chaves de entrada para esse universo interno, íntimo e profundo,
um território que não se revela por atalhos —
é preciso mergulhar.
E mergulhar exige coragem.

Conhecer-se dói.
Assusta.
Há medo, perdas, angústias...
Mas tudo isso é parte do diálogo, parte do encontro com quem somos.

Por isso, a medicalização usada para “normalizar” o sujeito é uma forma sutil de silenciamento.
Empobrece a alma.
Anestesia a experiência.
Rouba da vida a sua complexidade —
essa teia vibrante de contradições que torna tudo mais interessante, mais consciente, mais intensamente... vivo.

Precisamos da razão, sim.
Mas precisamos, também, da nossa loucura.
Pois é ela que nos move.
É ela que deseja viver.

A Medicalização da Vidapor Verônica ValenteEsta reflexão não busca condenar o uso de medicamentos psiquiátricos.Há momen...
09/06/2025

A Medicalização da Vida
por Verônica Valente

Esta reflexão não busca condenar o uso de medicamentos psiquiátricos.
Há momentos em que essas substâncias são essenciais — bálsamos necessários para acalmar tempestades internas, tratar dores que, de tão profundas, já não cabem no silêncio.

Mas é preciso cuidado.
Cuidado para não transformarmos em doença aquilo que é simplesmente... humano.

O sofrimento não é falha.
É parte.
É matéria viva da nossa existência.
Talvez seja ele o que mais nos distingue das máquinas — essas que operam sem sentir — e até mesmo dos animais, que, embora sofram, não transformam a dor em poesia, pensamento, arte ou transcendência.

Nós, sim.
Somos moldados pelos afetos.
Aquilo que nos toca, nos atravessa — provoca, transforma.
E é daí que brota a subjetividade:
essa maneira única de ver o mundo,
de interpretá-lo com os olhos da alma,
de habitá-lo com a presença do Eu.

São as nossas dores as chaves de entrada para esse universo interno, íntimo e profundo,
um território que não se revela por atalhos —
é preciso mergulhar.
E mergulhar exige coragem.

Conhecer-se dói.
Assusta.
Há medo, perdas, angústias...
Mas tudo isso é parte do diálogo, parte do encontro com quem somos.

Por isso, a medicalização usada para “normalizar” o sujeito é uma forma sutil de silenciamento.
Empobrece a alma.
Anestesia a experiência.
Rouba da vida a sua complexidade —
essa teia vibrante de contradições que torna tudo mais interessante, mais consciente, mais intensamente... vivo.

Precisamos da razão, sim.
Mas precisamos, também, da nossa loucura.
Pois é ela que nos move.
É ela que deseja viver.

05/06/2025
O silêncio das bonecasHá dias, escuto os rumores sobre os bebês reborn.Bonecos que respiram quietude, que choram sem alm...
20/05/2025

O silêncio das bonecas

Há dias, escuto os rumores sobre os bebês reborn.
Bonecos que respiram quietude, que choram sem alma, que preenchem sem exigir nada.
E me pergunto: que espelho é esse que a sociedade coloca diante de si?

Seria o retrato de um tempo onde o toque já não aquece,
onde os vínculos se dissolvem como névoa ao amanhecer,
e o outro, com sua complexidade bela e árdua, é trocado por um simulacro sem contradições?

A boneca não frustra.
Não abandona.
Não questiona.
Ela apenas existe, moldada para caber no desejo de quem a possui.
É a erotização a satisfação de um fetichista?

Será que chegamos ao ponto em que amar é arriscado demais?
Onde o mínimo tropeço vira motivo de exílio?
Onde o erro, que nos humaniza, já não cabe no roteiro da convivência?

Estamos perdendo o fascínio pelo mistério do outro.
Não há mais lugar para a decepção, nem para o encantamento que vem depois dela.
O desejo virou urgência, e o gozo, um cárcere dourado.
Mas o desejo... o desejo verdadeiro, esse é seta nunca chega, mas sempre aponta.
Nos move. Nos transforma.

Talvez essas bonecas venham tentar calar uma dor antiga.
A dor da perda, da falta, do vazio.
Mas não é justamente essa dor que nos torna humanos?
Não é da falta que nasce a arte, a criação, o amor que se reinventa?

Temo que estejamos mergulhados em um tempo onde só nos relacionamos com espelhos.
Onde o outro precisa ser previsível, domesticável, inofensivo.
E assim, criamos bonecos, robôs, inteligências artificiais
e nos esquecemos que o mais bonito da existência é justamente aquilo que escapa ao controle.

A saciedade plena nos enjoa.
O excesso nos sufoca.
E talvez estejamos, enfim, regurgitando os exageros de uma geração
que já não sabe mais dar nome ao afeto,
nem suportar a beleza bruta da incompletude.
Verônica Valente

ParceriaHá caminhos que, sozinhos, nos levam longe.Mas juntos… ah, juntos, vamos além.Parceria é encontro de propósitos,...
13/05/2025

Parceria

Há caminhos que, sozinhos, nos levam longe.
Mas juntos… ah, juntos, vamos além.

Parceria é encontro de propósitos,
é dança onde cada passo tem sentido,
é ponte lançada entre talentos distintos
que se reconhecem no mesmo abrigo.

É saber ouvir no silêncio do outro,
é somar sem apagar,
é confiar que a força de um
pode amparar o tropeço do par.

Profissional não é só quem entrega,
é quem constrói com presença e clareza.
E quando dois ou mais se alinham na entrega,
nasce o raro: excelência com leveza.

Na parceria, não há dono de razão,
há um pacto de visão,
um respeito sem medida,
um compromisso com a missão.

Que sejamos, pois, parceiros de jornada,
com mãos estendidas e metas traçadas,
transformando o trabalho em obra sonhada
e a rotina em estrada compartilhada.
Verônica Valente

Nós, seres humanos, vivemos em constante fuga da realidade.Desde o mito da Caverna de Platão, isso já é sabido, mas nunc...
14/04/2025

Nós, seres humanos, vivemos em constante fuga da realidade.
Desde o mito da Caverna de Platão, isso já é sabido, mas nunca estivemos tão aprisionados à caverna quanto agora.
Não apenas porque o mundo virtual existe, mas porque passamos a acreditar que podemos transformar a realidade em uma projeção nossa.

No vasto e etéreo mundo virtual, escolhemos o que faz parte de nossas vidas e o que deve ser silenciado. Recortamos e editamos nossa existência, criando uma versão de nós mesmos — onde se pode cancelar, ocultar, bloquear, seguir — e, com tantas ferramentas à mão, moldamos uma realidade falsa, que parece ser mais nossa do que a própria vida. Porém, enquanto fabricamos esse recorte, perdemos a capacidade de distinguir o real da fantasia.

E acreditamos, então, que é possível existir em um mundo onde não há frustração, nem angústia, nem solidão, nem vazio, nem perdas. Nesse novo mundo, só há espaço para a alegria, para o prazer, para a satisfação.
Essa crença, no entanto, é alimentada pela indústria farmacêutica e pelo discurso médico, que nos ensinam que viver sem dor é possível — transformando a vida em algo a ser tratado, medicado, patológico.

Enquanto não aprendermos a abraçar o mal-estar existencial, a sofrer com a nossa condição humana, estaremos afastados de nossa própria consciência e, assim, incapazes de tocar o real — permanecendo eternamente prisioneiros na caverna das ilusões.

Verônica Valente

Tempo! Unidade de medida da vida.Quando é que eu consigo perceber que estou vivendo? E na verdade estou vivendo ou morre...
15/03/2025

Tempo! Unidade de medida da vida.

Quando é que eu consigo perceber que estou vivendo? E na verdade estou vivendo ou morrendo? Já que a única certeza, é que caminhamos para o fim, porém, cremos, que só teremos tempo para uma outra vida que não seja essa, uma que dure eternamente.
E vamos seguindo com pressa, no engarrafamento de trânsito indo para o trabalho, sinto que estou perdendo tempo, então tento me esquivar, passar, correr e atropelar todo esse tempo perdido, para chegar logo no trabalho, para voltar logo pra casa, para dormir logo, para acordar logo, para acabar logo...
Escuto muito na clínica: Não consigo mais acompanhar o tempo!
Será que sou eu que acompanho o tempo ou é o tempo que me acompanha? Não seria o tempo apenas uma unidade de medida, que ajuda a definir o pequeno espaço da minha existência?
E muitos, realmente não vivem, vão apenas existindo, com a certeza de que podem correr e acompanhar o tempo, para chegar logo, sair logo, acabar logo, e tão logo com o tempo da vida acabar...
Estamos sempre perdendo vida quando chegamos logo em casa e só consiguimos perceber o que está fora do lugar e tudo que temos para arrumar, e não dou vida (tempo), para uma prosa, vida para um abraço, vida para um afago, vida para um amasso.
Perdemos vida quando corremos no trânsito reclamando sem perceber a paisagem, perco vida sem curtir uma boa música no rádio, perco vida sem perceber a companhia do lado, perco vida não sendo gentil com todos que estão a minha volta passando por suas lutas diárias assim como eu.
Perco vida no trabalho quando vejo meus companheiros como ameaça, perco vida quando não sei dividir, somar e multiplicar conhecimento, perco vida não fazendo o melhor de mim.
Então perceber que estamos vivendo é estar fazendo com nosso tempo mais que a marcação dos anos, dias, horas e minutos, mas é estar conectado com o meu próprio ser(vivendo), e fazer então aquilo que realmente tem valor pra mim.
Verônica Valente

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