09/05/2024
Esta recente revisão, realizada com quase 10 milhões de pessoas, apontou 32 doenças relacionadas ao consumo de ultraprocessados, mas eu gostaria de incluir a 33°: infertilidade.
Um estudo de 2020, realizado nos EUA, já havia mostrado que mulheres que consomem fast food têm de 2 a 3 vezes mais infertilidade em relação às que não consomem.
A revisão divulgada em fevereiro, na revista científ**a The
BMJ, é a maior já publicada. Pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália, França e Irlanda avaliaram os resultados de 45 trabalhos sobre os efeitos dos ultraprocessados na saúde. Segundo a revisão, refeições prontas, salgadinhos, biscoitos e refrigerantes, estão relacionados a um maior risco de agravamento de 32 problemas de saúde.
Quero destacar o aumento do risco de transtornos de ansiedade e depressivos:
53% de transtornos mentais comuns;
~48% de ansiedade prevalente;
41% de problemas de sono;
20% de depressão.
No Brasil, segundo o IBGE, os ultraprocessados representam 18,4% da alimentação. Estudos mais recentes já mostram aumento para 21,6%. Entre crianças menores de 5 anos, esse percentual alcança preocupantes 25% da dieta, segundo o ENANI, do Ministério da Saúde.
Abaixo, a lista completa dos problemas de saúde, segundo a revisão:
* Mortalidade por todas as causas;
* Mortalidade por câncer;
* Mortalidade por doenças cardiovasculares;
* Mortalidade por problemas cardíacos;
* Câncer de mama;
* Câncer (geral);
* Tumores do sistema nervoso central;
* Leucemia linfocítica crônica;
* Câncer colorretal;
* Câncer pancreático;
* Câncer de próstata;
* Desfechos adversos relacionados ao sono;
* Ansiedade;
* Transtornos mentais comuns;
* Depressão;
* Asma;
* Chiado no peito;
* Desfechos de doenças cardiovasculares combinados;
* Morbidade de doenças cardiovasculares;
* Hipertensão;
* Hipertriacilgliceridemia;
* Colesterol HDL baixo;
* Doença de Crohn;
* Colite ulcerativa;
* Obesidade abdominal;
* Hiperglicemia;
* Síndrome metabólica;
* Doença hepática gordurosa não alcoólica;
* Obesidade;
* Excesso de peso;
* Sobrepeso;
* Diabetes tipo 2
Referências: doi: https://doi.org/10.1136/
bmj-2023-077310 doi: 10.3961/jpmph.19.218