02/06/2025
Quando o Prazer Vira Prisão: O Impacto da Busca Compulsiva por S**o Pago
Nos últimos anos, cresce de forma silenciosa, porém preocupante, o número de homens que buscam com frequência mulheres de programa. Para alguns, isso parece uma válvula de escape, uma forma de compensar vazios ou frustrações. Para outros, torna-se um padrão repetitivo, difícil de controlar, um ciclo que, em muitos casos, se aproxima de um vício.
Quando o comportamento vira vício
Embora ainda exista resistência em classificar a busca constante por s**o pago como um vício formal, a literatura clínica já reconhece a compulsão sexual como um transtorno de controle de impulsos.
Entre os sinais mais comuns estão:
• Aumento da frequência do comportamento, mesmo diante de prejuízos evidentes;
• Uso do s**o como forma de lidar com emoções difíceis (solidão, ansiedade, frustração);
• Mentiras ou omissões sobre o comportamento;
• Tentativas frustradas de interromper ou reduzir a prática.
Nesse contexto, o s**o deixa de ser uma experiência prazerosa e passa a ser compulsiva ou seja, algo que a pessoa “precisa fazer” para aliviar uma tensão interna, mesmo que venha acompanhado de arrependimento logo em seguida.
As consequências: o que se perde no processo
Muitos homens que vivem esse ciclo acabam enfrentando perdas significativas em diversas áreas da vida:
💔 Relacionamentos afetivos
A repetição do comportamento costuma gerar distanciamento do parceiro ou parceira, mentiras e quebra de confiança.
💸 Dificuldades financeiras
O gasto frequente com serviços se***is pode comprometer o orçamento, gerar dívidas.
Por trás do comportamento: o que precisa ser ouvido
É comum que por trás da busca compulsiva por s**o existam histórias mal elaboradas de rejeição, abandono, relações afetivas frágeis, crenças distorcidas sobre masculinidade e dificuldades em lidar com frustrações. O corpo passa a ser um território de descarga emocional. E o prazer, uma anestesia temporária.
O papel da psicoterapia
A psicoterapia oferece um espaço seguro para compreender os motivos profundos desse comportamento e trabalhar estratégias de regulação emocional.
Ana Flavia Correia | Psicóloga Clínica