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INDICAÇÃO DE LEITURALivro, "Psiquiatria e Tipos Naturais" - Autor: Tércio Eliphas"Este livro desenvolve uma tese básica:...
04/09/2023

INDICAÇÃO DE LEITURA

Livro, "Psiquiatria e Tipos Naturais" - Autor: Tércio Eliphas

"Este livro desenvolve uma tese básica: estudar tipos de pessoas não é descrever realidades estáticas ou imóveis, mas modificar pessoas enquanto são estudadas. Isso quer dizer que não conhecemos mais sobre o tipo de pessoa X, mas conhecemos mais sobre a mudança das pessoas após serem descritas e classificadas como um caso de X. Ciências humanas é o lugar privilegiado para observar essa dinâmica pública de interação e transformação entre classificações e indivíduos. Quando especialistas caracterizam e pesquisam tipos de pessoas, essas descrições ganham circulação pública, indivíduos interagem com essas descrições, mudam suas crenças sobre si mesmos, elegem novas pautas de comportamento e evoluem dentro da classificação, o que obriga especialistas a estudarem novamente esse público modificado à luz das suas pesquisas anteriores. O filósofo Ian Hacking chama esse fenômeno de efeito looping dos tipos interativos. Se estudar tipos de pessoas é interferir e mudar crenças e comportamentos dos indivíduos que caem sob essas classificações, o que ocorre na psiquiatria? Tradicionalmente classificações psiquiátricas foram assumidas como tipos naturais. Quando classificações são candidatas a tipos naturais, sua unidade descritiva apoia-se numa base causal, por exemplo, numa patologia degenerativa ou no uso de certas substâncias. Este é o caso dos transtornos neurocognitivos e dos transtornos induzidos por uso de substâncias. Se podemos listar duas categorias de bons candidatos a tipos naturais no DSM-5, abre-se um problema para as demais classificações. Autismo, TDA/H, depressões, transtornos de ansiedade, etc. possuem uma estrutura descritiva cuja unidade não indica bases causais, apenas características gerais com contornos vagos e difusos. Nesse cenário, temos no DSM-5 bons candidatos a tipos interativos. O caminho deste livro é pensar o estatuto ontológico das classificações psiquiátricas a partir dos tipos interativos e dos tipos naturais. Nas páginas que seguem, o leitor encontra uma investigação filosófica que começa pela teoria dos tipos naturais, avança pelas bases filosóficas dos tipos interativos em Foucault e Sartre, problematiza a ontologia dos tipos de Hacking, até chegar na psiquiatria como lugar para uma articulação entre nominalismo e realismo. Além fornecer uma contribuição para o campo da filosofia da psiquiatria, e beneficiar profissionais da saúde com uma perspectiva esclarecedora sobre o DSM-5, este livro promove a necessidade de uma visão crítica sobre os tipos estudados pelas ciências humanas em geral, e a psiquiatria em particular, indicando que a dinâmica de interação não pode nem deve ser ignorada por especialistas e pesquisadores."

Este livro desenvolve uma tese básica: estudar tipos de pessoas não é descrever realidades estáticas ou imóveis, mas modificar pessoas enquanto são estudadas. Isso quer dizer que não conhecemos mais sobre o tipo de pessoa X, mas conhecemos mais sobre a mudança das pessoas após serem descrit...

A comunicação de muitos profissionais segue esse estilo: desacelerar o ritmo da fala, ter atenção às suas sensações corp...
04/09/2023

A comunicação de muitos profissionais segue esse estilo: desacelerar o ritmo da fala, ter atenção às suas sensações corporais, atenção aos sentimentos que brotam neste momento de silêncio, acompanhar os pensamentos que chegam e vão, às imagens persistentes.
Tudo isso se tornou para muitos psicólogos humanistas signo do retorno a uma "conexão com você mesmo". Pegou pesado no trabalho? ... "Ah... estou perdendo a conexão comigo mesmo, minha essência". Está passando por dificuldade no relacionamento, é trabalhoso ser você no casal? A reclamação é "deixei de ser eu mesma...".
Falar de uma experiência, e não racionalizar sobre um tema, é sinal de conexão com você mesmo? A alegação principal é que você se "desconecta" de você quando não está em contato com a sua experiência, sua direção. Mas em algum momento não estamos na nossa experiência, nas nossas vivências?
Estar vivendo os questionamentos e as vontades do outro que tomei para mim, me deixar de lado, ser negligente comigo mesmo, tudo isso não é uma experiência, uma vivência?
Se é, por que ainda se diz que "estou desconectado de mim mesma"?
Talvez por ser uma metáfora leve e romântica sobre a frustração, vaga e difusa que nos acompanha, de muitas vezes não ter uma direção própria na vida, de não encontrar uma direção própria numa situação, e ter que ir seguindo orientações do mundo para o mínimo de construção e realização da vida adulta.
Por outro lado, a tolerância ao cansaço e frustração pode estar baixa, e alegações do tipo "perdi o contato com as minhas vivências", com o meu fluxo, com "a vida em mim", podem ser apenas sinais de uma dificuldade juvenil para a construção de projetos de vida adulta.

04/03/2023
Há uma crença desprovida de evidências na fala recorrente de que "eu vi no meu paciente o exercício da tendência atualiz...
26/06/2022

Há uma crença desprovida de evidências na fala recorrente de que "eu vi no meu paciente o exercício da tendência atualizante". Viu, onde nele?

Os focalizadores dirão que a tendência atualizante rogeriana se encontra no corpo. Mas no corpo, onde?

Onde deposito minha atenção? Na sensação corporalmente sentida? A experiência apresenta sensações que se movem, sentimentos que se transformam, situações vivenciadas que estão associadas, nexos de significado. É possível conectar-se com o próprio corpo vivido e extrair uma experiência. Mas não há experiência de uma tendência atualizante. E se não há experiência de uma tendência, não há evidência sustentando essa crença.

Por que será que entre os humanistas ainda é difícil reconhecer que a noção rogeriana de "tendência atualizante" é uma ideia bastante obscura?

"Guerra e humanismo abstrato", de Silvio Almeida
06/03/2022

"Guerra e humanismo abstrato", de Silvio Almeida

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