20/07/2025
O medo de perder pessoas é compreensível, mas não deveria ser uma prisão.
Muitas vezes, nos agarramos a vínculos, histórias e até versões antigas de nós mesmos por puro medo da perda. Só que a vida, com sua sabedoria silenciosa, nos mostra que crescer exige soltar.
Sim, algumas pessoas ficarão para trás. Sim, partes de quem você foi também se dissolverão. E isso não é tragédia — é movimento.
Não se trata de abandono, mas de transformação.
Quando seguimos pelo caminho da consciência e da cura, é natural deixarmos partes que já não nos representam mais.
Aquela personalidade que agradava para ser aceita.
Aquela insegurança que te fazia depender do outro.
Aquela culpa que não era sua.
Tudo isso vai caindo como folhas secas no outono.
E da mesma forma, vínculos que não evoluem com você, muitas vezes se rompem.
Não por falta de amor, mas por falta de ressonância.
A vida é perfeita em sua dinâmica.
Ela nos ensina que, para irmos mais longe, precisaremos deixar partes para trás.
Algumas nossas.
Algumas de quem caminhava conosco.
Mas sabe o que permanece?
A essência.
A verdade.
A coragem de continuar se escolhendo, mesmo quando isso exige desapego.