24/06/2024
No último mês me permiti viver experiências diferentes das habituais. Fiz coisas que já tinha vontade há algum tempo, mas que não me permitia sair da minha zona de conforto o suficiente para vivê-las!
Talvez a justificativa da “falta de tempo” tenha tomado conta. Em outros momentos a explicação foi “ninguém vai querer ir comigo” ou “e se eu não gostar?”. Também passou pela cabeça “ah, mas gastar com isso?”, como se não fosse válido investir no meu lazer.
Até que em um momento do meu processo terapêutico comecei a olhar mais para aquilo que eu poderia viver e que me aproximaria de quem eu planejo ser no meu futuro, dos valores que a Júlia lá da frente gostaria de ter. Olhei para os ambientes nos quais gostaria de estar e percebi que se eu estivesse nos lugares que fazem sentido para mim me sentiria confortável em ser quem sou.
Foi assim que há pouco mais de um ano eu me permito aproveitar as festas de igreja, mesmo que lá não tenham pessoas da minha idade. Me permito compartilhar as músicas (super ecléticas) que eu ouço, fiz um curso de velas aromáticas com uma amiga e outro de bordado, esse último sozinha.
Não é por um acaso que esses dias fui obrigada a rir, porque me peguei ouvindo uma velharia que parecia a playlist do meu Pai. De vez em quando eu ajo igualzinho a minha Mãe, temos interesses bem parecidos. Eu e meus irmãos sentamos no mesmo lugar no carro e ainda temos nossos lugares da mesa. Lembro que aprendi a gostar dos sertanejos na sala da casa da Vó Rose, além de dançar e andar de bicicleta com o Vô Dolfo. Cozinhava com a Vó Lurdes e me recordo de ter um paninho de pontos de bordado dessa época. Ainda adoro laranja e acerola por lembrar de quando ia no pomar com o Vô Mário (pastel de palmito também continua sendo o meu preferido), eu amo os doguinhos porque a Tuca me ensinou a amá-los!
E tem sido assim que a cada dia me reconecto com a Júlia criança, que ainda está presente em cada interesse da Júlia de 25 anos 🌸🩷 como você pode honrar sua criança por aí?