24/06/2025
Linguagem neuroafirmativa, no contexto da neurodiversidade, refere-se ao uso de uma linguagem que valida e celebra as diferenças na forma como os cérebros funcionam, em vez de focar em "correções" ou "normalização" de indivíduos neurodivergentes.
É uma abordagem que reconhece e respeita a diversidade de experiências e habilidades, promovendo a inclusão e o bem-estar de pessoas autistas, com TDAH, e outras condições neurodivergentes.
Em resumo, a linguagem neuroafirmativa: Rejeita a normalização: Não busca "consertar" diferenças neurológicas, mas sim aceitá-las e valorizá-las. Foca em pontos fortes: Destaca as habilidades e qualidades únicas de cada indivíduo, ao invés de apenas apontar desafios.
Valida experiências: Reconhece a validade das experiências individuais de cada pessoa neurodivergente, promovendo a autoaceitação. Promove a inclusão: Cria um ambiente mais acolhedor e acessível para todos, respeitando a diversidade.
Utiliza termos específicos: Adota termos como "neurótipo" em vez de "transtorno" e foca na comunicação funcional e na regulação emocional.
Exemplos de linguagem neuroafirmativa:
Em vez de dizer "paciente com autismo", pode-se dizer "pessoa autista" ou "indivíduo neurodivergente".
Em vez de "deficiência no autismo", pode-se dizer "desafios do autismo" ou "diferenças neurológicas".
Em vez de focar em "comportamentos inadequados", pode-se focar em "necessidades sensoriais" ou "estilos de comunicação diferentes".
A linguagem neuroafirmativa é um componente importante de uma abordagem mais ampla de afirmação da neurodiversidade, que busca criar uma sociedade mais inclusiva e justa para todos .
Miguel Antonio Higuera Cancino
Cordenador Clínico, Escritor, Palestrante
Clínica de Autismo Pipo