20/11/2024
💬Certa vez em conversa com uma colega negra, entendi que ela me dizia, entre outras coisas, que as pessoas brancas também falam sobre a temático do racismo, falam a partir do seu lugar. Achei interessante esse ponto, nós, pessoas brancas falamos sobre o racismo, mas não falamos a partir do lugar da pessoa negra, falamos a partir do nosso lugar – pessoa branca. Nessa conversa me veio a leitura desses dois livros da Djamila Ribeiro.
No Livro “O que é lugar de fala” Djamila exemplifica de que todos tem um lugar de fala, todos falam a partir de um lugar social. Assim é importante falar sobre Branquitude.
“Importância de nomear as opressões, já que não podemos combater o que não tem nome. Reconhecer o racismo é a melhor forma de combatê-lo. A palavra não pode ser um tabu, pois o racismo está em nós e nas pessoas que amamos – mais grave é não reconhecer e não combater a opressão”.
O que cada um de nós podemos fazer pela luta antirracista? – Autoquestionamento. Perguntar-se, entender seu lugar. Reconhecer os privilégios da Branquitude.
O que significa pertencer a esse grupo? a ausência ou baixa incidência de pessoas negras em espaços de poder não costuma causar incômodo ou surpresa em pessoas brancas. As pessoas brancas deve pensar seu lugar de entendimento de privilégios que acompanham sua cor. Se responsabilizar. Perceber seus privilégios e responsabilidades diante de injustiças contra grupos sociais vulneráveis.
Estamos falando de uma estrutura de poder que confere privilégio racial a determinado grupo, criando mecanismos e desigualdades. Racismo é algo tão presente em nossa sociedade que muitas vezes passa despercebido. Nas conversas, nos discursos que circulam, produzem violências, invisibilidades, e anulam existências. A linguagem é carregada de valores sociais, e por isso é preciso utilizá-la de maneira crítica.