07/12/2023
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% da população brasileira sofre com transtornos alimentares, cerca de 10 milhões de pessoas. A comida se torna uma válvula de escape, uma forma de distração para escapar da realidade e aliviar as dores momentâneas, já que o comer emocional está associado a hábitos condicionados pelo nosso humor. Nestes casos, a pessoa não come por fome, mas para satisfazer as necessidades emocionais.
“Quando alguém está se sentindo ansioso e devora um pote de sorvete sozinho, o prazer é instantâneo. Ou seja, a recompensa e a sensação imediata de bem-estar ajudam a reduzir a ansiedade”.
Comida como fonte exclusiva de prazer
Pessoas ansiosas preferem alimentos ricos em açúcar e carboidratos, pois oferecem a sensação rápida de prazer.
Alguns alimentos ativam o sistema límbico no cérebro, região envolvida com o mecanismo de “ganho e recompensa”. Por exemplo, ao comer doces, há uma diminuição momentânea da ansiedade. Este efeito acaba sendo registrado pelo cérebro como uma solução para combater o estresse.
Para identificar a fome emocional:
Aparece inesperadamente
Comemos automaticamente, sem estar ciente do tempo ou das quantidades.
Geralmente, queremos um tipo específico de comida ou refeição, quase sempre alimentos gordurosos ou com açúcar.
Não nos sentimos saciados
Depois de comer, sentimos culpa, arrependimento ou vergonha.
“Uma vez percebida que a sensação de fome não é física, mas emocional, e que a ansiedade é o que está lhe favorecendo a não resistir ao ataque compulsivo à comida, é hora de procurar ajuda. É preciso entender o significado do que sentimos, perceber o que suscita e como lidar com a emoção. Afinal, somos todos comedores emocionais, pois não temos como dissociar nosso emocional do biológico”.