Pediatra da Familia

15/07/2025

Quando uma grande grupo se une para melhorar a qualidade de vida de uma criança. Todos na expectativa de uma terapia que pudesse diminuir as infecções e internações recorrentes
Foram meses de estudo, conversas e perseverança para conseguirmos instituir uma terapêutica inédita até então para essa paciente.
Tratamento de alto custo, que precisou ser discutido em várias esferas, que contou também com a equipe da UTI Pediátrica do Hospital Santa Helena para início da terapia.
Agradeço a confiança em mim depositada pela equipe do HomeKids e .assistance, e principalmente, pela confiança depositada em mim pela Lidiane, mãe da Larissa .
Me sinto extremamente grata por fazer parte desse processo e por trabalhar com pessoas que como eu, veêm o cuidado acima de qualquer coisa.
Eu amo cuidar e agradeço por estar cercada de pessoas e instituições que também pensam como eu.

23/05/2025

A Pediatra da Família quase leva a Bitoca para casa.
Ela cabia na maleta, rs.

Visita domiciliar é assim: a gente visita toda a família.
Conhece os irmãos, a avó e cachorro.
Entende o ritmo, as relações, as facilidades e dificuldades do cuidado.

Gratidão pela confiança, Helena.

29/04/2025

Será que minha como consulta agradaria sua família?

Todos os pediatras estão capacitados a atender crianças, mas cada um tem um jeito de aplicar seus conhecimentos e se relacionar com o paciente e sua família.

Esse é meu jeito.

Eu gosto de conhecer a família, o irmão e o cachorro.

Gosto que a criança brinque no seu tapete, escolhendo os brinquedos que mais gosta.

Vejo como é o ambiente, como os cuidadores se apresentam de forma natural, sem os protocolos de um consultório formal.

E, se além disso, me servirem um cafezinho, daí eu fico ainda mais feliz!

Mas, não pensem que, por ser assim, mais informal, eu não tenha propriedade sobre meus diagnósticos e condutas. Simplesmente creio que o que tenho a oferecer não precisa de um ambiente de consultório para ser validado. Eu realmente aprecio o fato de não haver uma mesa entre eu e a mãe ou pai.

Se você concorda com esse "jeito", me chama aqui ou pelo whatsapp.

Cinara dos Anjos Marcondes
CRM DF 14.752.

20/04/2025

Hoje foi dia de retomar o trabalho, depois de 15 dias de descanso.

Amo demais trabalhar, mas o excesso de trabalho também é ruim. Bom mesmo é ter equilíbrio.
Precisamos colocar a máscara de oxigênio na própria face antes de colocar na do outro.

Bartolomeu, o Pitbull carente, queria que eu ficasse em casa hoje, também. Mas hoje era dia de fazer 3 visitas médicas que foram, como sempre, muito felizes ( sim, eu fico feliz).

Agora, hora de cuidar da minha família e fazer muito carinho no Bartolomeu!

Se precisarem de uma médica feliz, me chamem, viu?

22/02/2025

Sobre Amamentação e Confiança.

Resultado de 6 meses de amamentação exclusiva!

Esse neném maravilhoso nasceu prematuro (34 semanas) e pequeno (2.445g).

Na primeira consulta, ele estava com 17 dias de vida e pesava 2.660g. Era visível a preocupação dos pais em relação ao baixo ganho de peso. A mãe tinha uma ótima produção de leite, mas o bebê ainda mamava pouco, logo ficava cansado e dormia. Desde a alta estava em aleitamento misto.

Juntos discutimos sobre as possibilidades. Desde a amamentação exclusiva até uso de fórmula artificial na mamadeira. Entre esses extremos, tínhamos a complementação com leite materno ou com fórmula, em mamadeira ou via translactação.
Para garantir o aporte adequado, complementaríamos via translactação. Entre os pais havia divergências sobre o uso ou não dá fórmula. Decidido que seria somente leite materno. Mas, será que ele não vai perder peso ou ganhar menos que o esperado?
Pedi um voto de confiança. Só leite materno. Reavaliei o mocinho depois de 4 dias: bom ganho de peso. Uso de leite materno em translactação, mas já em redução do volume do complemento.
Nova consulta após 10 dias. Já sem necessidade da translactação. Média de ganho de peso nos primeiros 14 dias de seguimento: 50 g por dia!!!

A gente precisa confiar.
A família confia no meu conhecimento, eu confio na capacidade de comprometimento da família e a mãe confia em si mesma!

Hoje esse moço já está na introdução alimentar. Ele simplesmente ama a hora das refeições.

Medo da mãe: Será que ele vai desmamar agora que está comendo?

Minha resposta: Não! Pode confiar em mim!

08/01/2025

Não costumo postar fotos com pacientes.

Mas essa pequena aqui me deu uns cabelos brancos de tão desafiadora que foi sua condição.
Vê-la ir para casa depois de mais de um mês na UTI, me traz muita felicidade e a certeza de que trabalho em equipe opera milagres!

Parabéns, menina Maria.
Que tua vida seja cheia de alegrias.
E pare de dar sustos na tua Tata e na tua Mãe!!

Parabéns equipe transdisciplinar da UTI Pediátrica do Hospital de Base DF.

Obs: Fui autorizada pela família a colocar essas fotos no meu feed.

01/01/2025

Começando 2025 num dia cheio de neblina.

No caminho até o trabalho a paisagem foi se abrindo. Ainda não era um dia de sol, mas estava mais longe o alcance da minha visão.

Cheguei no trabalho e me vi no espelho.
Definitivamente numa versão melhor que a de 1° de Janeiro de 2024.

Na sala de prescrição tinha bombons, que a colega deixou para cada um de nós começarmos o ano de forma mais doce.
Penso que, para mim, devo começar o ano de forma mais gentil comigo mesma.

O ano se inicia e coloquei mais cor nos olhos e nos lábios, como inspiração para mim mesma.
O ano que se inicia será de muito amor.
Pela minha família, pelos meus amigos, pelos meus pacientes e suas famílias, mas, principalmente, por mim mesma!

Que nesse ano a gente se ame mais.
Só ama o outro quem sabe amar a si mesmo.

16/11/2024

Que honra ter aprendido com os melhores!
Faltou e também autografarem o livro. Mas haverá outras oportunidades.

30/08/2024

Estou expondo parte da minha rotina , do que vejo, faço e sinto durante 24h seguidas trabalhando.
Os nomes foram trocados, a fim de preservar a identidade das pessoas envolvidas.
Escrevo, por que me é terapêutico. Aprendi durante o meu Curso de Cuidados Paliativos.
Talvez parte do que está aqui escrito possa ser gatilho para quem já teve um filho, sobrinho, ou conhecido na UTI.
Recomendo cautela, caso seja o teu caso.
Assim é o trabalho em uma UTI Pediátrica.
Cada um ali é o amor de alguém.

30/08/2024

Estou expondo parte da minha rotina.
Os nomes foram trocados, a fim de preservar a identidade das pessoas envolvidas.
Escrever é terapêutico. Aprendi no meu Curso de Cuidados Paliativos.
Talvez parte do que está aqui escrito possa ser gatilho para quem já teve um filho, sobrinho, ou conhecido na UTI.
Recomendo cautela, caso tenha receio.
Assim é o trabalho em uma UTI Pediátrica.
Cada um ali é o amor de alguém.

07/07/2024

Há 8 anos postei esse texto na página da Pediatra da Família no Facebook. Ainda não tinha minha página no Instagram e o sonho de aprender sobre Cuidados Paliativos já era muito forte em mim.

"Sobre fins e começos.
Uma paciente em tratamento paliativo "dizia" à sua família que ela estava partindo Aos 6 anos, já em coma, dava sinais de falência do centro respiratório, com respirações desritmadas e saturação cada vez mais baixa.
Tentei dar suporte à dor dos pais e da irmã. Eles tinham dado todo o amor e tinham tentado, junto com Deus e equipes de saúde, curá - lá.
Perguntei se estavam prontos. A resposta do pai me atravessou: "Como estar pronto para a morte de um filho, Dra?"
Deixei a enfermaria no início da noite, desejando que a criança conseguisse se desligar. Que pudessem deixá - lá partir, sem remorsos ou culpa. Que enxergassem todas as alegrias vividas durante esses curtos seis anos e se convencessem que aquilo era o melhor, sem raiva, com respeito a si mesmos e à criança.
Deixei aquele quarto, com mãe abraçada à sua garotinha, pensando em como eu me sentiria se fosse eu quem tivesse calçando aqueles sapatos e dando aqueles passos.
No fim da noite fui chamada para recepcionar um bebê em um parto domiciliar.
A noite estava muito fria. A mãe estava na banheira com água quente e o fogão seguia com as 4 bocas acesas para aquecer o ambiente. A mãe tranquila. Enquanto preparo os equipamentos a escuto calmamente avisar: "nasceu!"
O pai traz o irmão mais velho para vê-la. O obstetra vai jogando a água quente no corpo do bebê e ela vai corando, chora forte e depois se acalma. Batimentos no cordão presentes, fortes, com boa frequência. Apagar 8-10.
Depois de alguns minutos a bebê foi entregue ao pai. Enrolada em toalhas, eu a examino, ainda no colo dele, abraçada. Depois, ela foi vestida então, com a mãe já mais recuperada, foi amamentada,
Por duas horas essa bebê ficou abraçada.
Quase na mesma hora a outra criança partia. Acredito que também estava sendo abraçada.
Num mesmo dia. Um começo e um fim.
Ambos cercados de amor e cuidado.
Vida que ensina. "

Post publicado originalmente em 29 de abril de 2016.

06/07/2024