
28/08/2025
O estilo de aprendizagem é entendido como uma forma singular e própria de lidar com o conhecimento e com o saber, que expressa o modo como se lida com a vida. Se viver e aprender são faces de uma mesma moeda, é fundamental compreender o estilo de aprendizagem para abrir espaço para acolher e compreender os diferentes modos de aprender, sem considerá-los necessariamente manifestação de patologia da aprendizagem.
O conhecimento se transforma em saber quando o indivíduo dele se apropria. É a partir do estilo de aprendizagem que o indivíduo transforma conhecimento em saber ao lhe atribuir seus significados. Sem esse movimento de transformação do conhecimento em saber por um processo de singularização, não há apropriação do conhecimento pelo indivíduo.
Para compreender a dificuldade de aprendizagem e desenvolver um processo de intervenção, não basta apenas conhecer questões objetivas sobre tal dificuldade. Ao considerar a subjetividade, é possível não somente compreender dinamicamente os obstáculos, mas, efetivamente, desencadear possibilidades de mudanças diante do saber e do conhecer.
Ao possibilitar a Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM) interpelando a relação simbólica do mediado com o objeto do conhecimento, integram-se também os elementos cognitivos e afetivos da experiência humana, que, segundo Feuerstein, são como os lados de uma moeda transparente.
O Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) é um método de intervenção cognitiva no qual está implícito a consideração da subjetividade na constituição do mediado, sendo sua história de vida não como um conjunto de fatos objetivos, mas como representação simbólica das suas experiências. Dessa forma, o PEI possibilita a modificabilidade cognitiva estrutural durante o processo de ensino/aprendizagem.
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Referência: Texto adaptado a partir de RUBINSTEIN, Edith. Tecendo a Práxis Psicopedagógica. Digitaliza Conteudo, 2023.