26/06/2025
Nem sempre você vai sair da terapia feliz. Fato.
Às vezes, vai sair mais confusa do que entrou.
Mais cansada, mais mexida, mais sensível...
Porque nem sempre a terapia termina quando o relógio para. A sessão acaba, mas o coração continua ali — processando, digerindo, tentando entender o que acabou de acontecer.
Você sai em silêncio…
com pensamentos embolados,
com aquela lágrima no canto do olho,
ou com a dor que ficou anos guardada… finalmente querendo falar.
Revisitar memórias dói.
Mexe com tudo.
Cansa o corpo, embaralha a cabeça, estica a alma.
É como abrir uma caixa antiga no porão emocional. Tem coisa que você nem lembrava que guardou, tem dor que parece nova, mas é velha conhecida.
Tem dias que você sai exausta.
Sem resposta, sem direção.
Às vezes, com raiva.
Às vezes, só com vontade de deitar e ficar quieta.
Mas sabe de uma coisa?
ISSO TAMBÉM É PROGRESSO.
Isso é você permitindo que o sentir aconteça.
E o sentir é o primeiro passo pra transformar.
Nem sempre a gente tá pronta pra tudo que aparece.
E tudo bem.
Faz parte.
Faz parte tocar em feridas, mesmo quando não quer. Faz parte chorar por coisas que você achava que já tinha superado. Faz parte se perguntar coisas que nunca teve coragem de encarar.
Cuidar da saúde mental não é sobre sair bem toda vez.
É SOBRE SAIR VERDADEIRA.
É SOBRE SE ACOLHER NO CAOS.
É SOBRE TER CORAGEM DE CONTINUAR VOLTANDO, MESMO QUANDO É DIFÍCIL.
E aí, em algum momento, vem o alívio.
Vem aquele instante em que você se sente escutada de verdade. Sem julgamento, sem pressa, sem pressão.
Acolhida na sua dor, reconhecida na sua vulnerabilidade. E isso já conforta. Já aquece.
FAZER TERAPIA É UM ATO PROFUNDO DE AMOR POR SI.
É SE DESPIR DAS MÁSCARAS.
É SE PERMITIR SER HUMANA.
É CONFIAR QUE SENTIR TAMBÉM É UM JEITO DE SE CURAR.
💜
