11/11/2024
Eu li um livro maravilhoso. A Raiva não Educa. A Calma Educa da Maya Eigenmann.
Ela já começa com uma reflexão de: se eu tive uma educação baseada em raiva, violência física e verbal, vou repetir, necessariamente, esse modelo com os meus filhos? Será?
Eu sempre trago essa fala: um filho se torna alcoólatra, porque o pai é alcoólatra. Já o outro filho terá horror a bebida pelo mesmo motivo.
Tudo é uma questão de escolha. A gente pode até ter esse padrão, mas continuar agindo de maneira disfuncional, é um aprendizado constante.
Se não f**armos atentos ao nosso comportamento, podemos ter 2 pesos e 2 medidas. Por exemplo: bater em adultos, mulheres e idosos são crimes, mas bater em criança é um corretivo necessário em algumas situações.
1. R. Knost traz o seguinte questionamento: “Um dia seu filho cometerá um erro ou fará uma má escolha e correrá “para você” em vez de “de você”. E esse dia você perceberá o imenso valor da parentalidade pacíf**a, positiva e respeitosa”.
Esse é o sonho de todos pais, que seu filho confie neles para se abrir e conseguir fazer uma bela jornada.
Mas se esse filho só recebe autoritarismo, crítica e violência, como poderá confiar em se abrir e esperar respeito e acolhimento deste adulto?
Se desenvolvemos um ambiente onde não há diálogo, aceitação e poder de fala deste filho, que adulto estaremos gerando para o futuro?
Ele, provavelmente, terá uma baixa autoestima, insegurança e pouca pro atividade, pois não lhe foi ensinado que ele tem e merece um lugar na sociedade como este ser singular e único.
Esperamos obediência das crianças, mas na verdade o que se quer é submissão. Se ele faz tudo que você quer ou que a sociedade impõe, são pessoas educadas. Se questionam um sistema que não faz sentido para elas, são pessoas que apresentam mal comportamentos.
E isso também aparece na maturidade. Ou você segue o script que foi traçado para o idoso agir, ou você é criticado de: velho gagá, sem noção ou sem vergonha.
Aonde está o poder de ir, vir e viver esta sociedade desrespeitosa com o sentido de vida do outro?
O ideal é viver em caixinhas padronizadas?
E espero e acredito que não.