
18/08/2025
Vivemos num momento de megalomania do Ego, que diante de sua inflação pensa que é Deus e pode tudo.
O mundo capitalista e individualista reforça essa ideia e comportamento, o que torna penosa a tarefa de romper com os padrões de ser feliz a qualquer custo e evitar todos os tipos de sofrimento.
E isso é lamentável diante do fato de que somos luz e sombra, bem e mal, tudo junto. Mas, não queremos aceitar isso. Queremos a iluminação fácil, essa que cega com suas respostas prontas e soluções imediatas. E taí o chat gpt pra corroborar essa ideia.
O fato é que, para o processo de desenvolvimento acontecer de maneira harmônica, é imprescindível que aceitemos e façamos as pazes com nossas impotências, incompletudes, insuficiências. Nós não somos deuses, somos humanos! E a perfeição que buscamos está na própria aceitação dos nossos limites e imperfeições.
Ser inteiro é sobre ser sombra e luz com consciência, e fazer disso o próprio caminho de bem aventurança!
Como já dizia minha bisavó, “por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. E quanto mais focamos na viola, mais o bolor cresce.
Mostramos nossa "bela viola" nas redes sociais, mas a Psicologia Analítica nos lembra que a sombra, tudo aquilo que está escondido de nós mesmos, continua ativa, mesmo que disfarçada por curtidas e stories.
Jung disse que "aquilo que você nega, te submete. Aquilo que você aceita, te transforma."
Porém, enquanto buscamos validação externa, muitas vezes negligenciamos o mundo interno, que pode estar cheio de angústias, ressentimentos ou vazios. É o “pão bolorento” que evitamos olhar, mas que precisa ser encarado para que haja integração e autenticidade.
Que parte sua está sendo editada para caber no feed?
Autoconhecimento não é só sobre olhar para o que é visível, mas também sobre tornar consciente o invisível.