
28/05/2025
Das maiores dúvidas que surgem quanto ao processo terapêutico, é como isso pode auxiliar alguém a viver de maneira satisfatória?
As pessoas geralmente antes de procurar ajuda se perguntam sobre a utilidade da psicoterapia.
Pensei em uma analogia para que ficasse mais didático e tangível, já que se tratando de tecnologia, faz sentido para muitos.
A intenção não é reduzir o humano ao compará-lo com uma máquina, porém, é trazer a informação para o campo da realidade “palpável”.
Quando possuímos um computador, e nele há falhas que atrapalham ou prejudicam o seu funcionamento, chamamos um técnico para corrigir o problema.
Porém na análise o próprio técnico é o sujeito e o psicólogo o facilitador, aquele que se utiliza das teorias como manuais de funcionamentos, aquele que auxiliará a pessoa no autoconhecimento.
Pensando nisso há questões a serem avaliadas com muito cuidado, diferente das máquinas, não podemos ser formatados, pense em um sistema operacional que veio com algum bug, e talvez a “correção”, tornaria inviável a utilização do computador como um todo, isso pode ser comparado a algum sintoma, que forma toda estrutura do sujeito, que sem ele o descaracterizaria como alguém no mundo e em suas relações.
Mas ainda refletindo, há muito o que se fazer em um computador, para melhorar seu desempenho, como por exemplo desinstalar alguns programas, desfragmentar o disco rígido e gerenciar as pessoas que terão acesso a ele.
Da mesma forma, na psicoterapia a pessoa descobre seus comportamentos e jeitos de viver, menos adaptativos, que causam sofrimento em si e/ou nos outros.
Como alguém curioso sobre si, que busca viver melhor, há de se entender toda a sua estrutura basilar e fazer as alterações possíveis e viáveis.
É na terapia que identificamos o que pode e deve ser alterado, melhorado, porém não temos botões de comandos, a vida requer experimentação, desejo consciente do que almejamos alcançar.
A vida se faz, fazendo!