Centro de Fisioterapia Avançada - Cfa

30/08/2025

Você já ouviu falar do músculo piriforme? Sabe onde se localiza? Conhece suas funções?

O piriforme é um músculo pequeno, mas de enorme importância, pois funciona como uma “ponte” entre a pelve e a perna. Além de ajudar a dar estabilidade ao quadril, participa dos movimentos de rotação da perna e colabora para que a pelve se mantenha equilibrada.

Mas quando o piriforme f**a rígido e encurtado, pode puxar a pelve para um lado, desequilibrando a região. Também pode prender o nervo ciático, causando dor no bu**um , que muitas vezes desce para a perna.

E ainda gera tensão e sobrecarga em outros músculos, que passam a trabalhar em excesso para compensar. O resultado disso pode causar dor no quadril, na lombar, no glúteo e até dificuldade para andar ou correr de forma natural.

29/08/2025

A dor cervical e a dor no ombro estão intimamente ligadas porque compartilham alguns músculos, nervos e cadeias de movimento. Uma disfunção em uma dessas regiões pode facilmente repercutir na outra.

A coluna cervical dá origem a músculos que possuem relação com o ombro, como o trapézio, elevador da escápula e escalenos.

Alterações posturais cervicais (ex: anteriorização da cabeça) aumentam a sobrecarga nos estabilizadores escapulares, predispondo à dor no ombro, já que o ombro depende da escápula para seu pleno movimento.

As raízes nervosas cervicais C4 a C6, participam da inervação sensitiva e motora da região do ombro, assim, uma compressão radicular cervical (como na hérnia de disco) pode gerar dor referida no ombro e fraqueza muscular.

Além disso, disfunções cervicais podem provocar dor referida no ombro, sem que haja lesão direta no ombro. Da mesma forma, uma lesão no ombro pode causar aumento da tensão cervical por compensação postural e muscular.

Por isso, não podemos tratar o ombro sem olhar a cervical, dando a devida atenção a esta região.

28/08/2025

A cefaleia tensional está diretamente relacionada à tensão muscular crônica e à presença de pontos gatilho miofasciais nos músculos trapézio superior, esternocleidomastoide (ECOM) e elevador da escápula, entre outros.

O trapézio, em sua porção superior, é um dos mais sobrecarregados. Quando ocorre tensão crônica, a dor irradia para região occipital, temporal e até atrás dos olhos.

Uma disfunção postural cervical favorece a sobrecarga do ECOM, podendo gerar dor referida frontal, temporal e periocular.

O elevador da escápula quando muito ativo em posturas de estresse e sobrecarga cervical, pode causar a projeção da dor para região cervical alta e occipital.

Os músculos mastigatórios (masseter e temporal) também são frequentemente associados com esse tipo de dor, especialmente em pacientes com bruxismo ou tensão mandibular. A dor irradia para têmpora, maxilar e cabeça em faixa.

Os músculos prioritariamente envolvidos são aqueles da região cervical e craniana, responsáveis por sustentar a cabeça e estabilizar a postura. Estes músculos atuam em cadeia postural, onde tensão, encurtamento e pontos-gatilho irradiam dor para diferentes regiões da cabeça.

27/08/2025

O glúteo médio é um “protetor indireto” da coluna lombar.

Um glúteo médio ativo mantém a pelve estável, distribui adequadamente as cargas entre quadril e lombar, reduzindo o risco de possíveis sobrecargas pontuais.

Quando trabalha junto com o quadrado lombar, ambos controlam a pelve. E quando o glúteo médio é fraco, o quadrado lombar precisa compensar, gerando sobrecarga e dor lombar.

Então, havendo fraqueza do glúteo médio , pode também haver dor lombar mecânica, hiperlordose compensatória ou síndrome da dor miofascial lombar.

Assim como o excesso de tensão pode limitar a mobilidade pélvica gerando rigidez e repercutindo na lombar.

26/08/2025

O serrátil anterior é fundamental para a biomecânica do ombro, pois garante estabilidade, mobilidade plena e prevenção de lesões.

A articulação glenoumeral depende da posição da escápula para manter congruência, amplitude e eficiência mecânica.

O serrátil anterior atua com o trapézio superior e inferior para realizar a rotação superior da escápula, permitindo que a cavidade glenoidal acompanhe a cabeça do úmero, evitando luxações e sobrecarga tendínea.

Este músculo ainda mantém a escápula aderida ao gradil costal e garante a transmissão de força de modo eficiente do tronco para o ombro e braço.

Uma disfunção do serrátil anterior pode causar escápula alada, síndrome do impacto, instabilidade no ombro e dor.

23/08/2025

Os flexores do antebraço, por sua origem comum no epicôndilo medial, são diretamente responsáveis pela epicondilite medial quando sofrem sobrecarga repetitiva ou estão em desequilíbrio.

Movimentos de flexão do punho e pronação do antebraço, como digitação, esportes de raquete e musculação dentre outros, levam a microtraumas repetidos, gerando o processo inflamatório como a epicondilite medial (também chamada “cotovelo de golfista”).

Se os extensores e os flexores não estão em equilíbrio, os flexores podem sobrecarregar a região medial, assim como, flexores encurtados aumentam a tração contínua no tendão comum.

Ou seja, os flexores do antebraço atuam como um “ponto de tração” no cotovelo, quando há excesso de uso, encurtamento ou fraqueza, provocando dor e comprometendo sua função.

22/08/2025

O quadrado lombar e o iliopsoas atuam como um par funcional que integra postura, marcha e estabilização lombopélvica.

O psoas tem origem profunda na lombar, tracionando as vértebras e influenciando a lordose lombar. O quadrado lombar ajuda a equilibrar forças do psoas e evitando a instabilidade ou hipermobilidade. Juntos, fazem um balanço dinâmico na estabilização lombopélvica.

O psoas inclina o tronco para frente e estabiliza a lombar na posição ereta. Já o quadrado lombar mantém o alinhamento lateral e ajuda no controle da pelve. Essa combinação é essencial para manter o equilíbrio postural, principalmente quando parados em pé ou durante a marcha.

O iliopsoas é o principal flexor do quadril, sendo fundamental para darmos passos. O quadrado lombar, do lado oposto, ajuda na elevação da pelve, permitindo que o membro inferior balance livremente. Juntos garantem eficiência na passada, coordenação entre tronco e quadril e evitam compensações.

Portanto, esses dois músculos facilitam o movimento fluido da marcha, pois enquanto um mobiliza o outro estabiliza. Além disso, eles mantêm o equilíbrio entre mobilidade do quadril e estabilidade da coluna lombar.

21/08/2025

Estou trazendo para vocês, 18 páginas de conhecimento sobre:

✅ Músculos extensores e flexores do punho
✅ O papel secreto do músculo ancôneo
✅ A verdadeira causa da epicondilite
✅ Por que a dor no cotovelo pode não ser do cotovelo

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21/08/2025

O latíssimo do dorso é um músculo-ponte que une tronco, pelve e braço, trazendo potência e estabilidade.

Tem origem nos processos espinhosos de T7 a L5, na fáscia toracolombar e também em algumas costelas. Possui inserção indireta pela fáscia toracolombar, conectando-se ao osso ilíaco. Insere-se também no sulco intertubercular do úmero, cruzando a articulação glenoumeral.

Atua como estabilizador do tronco, principalmente em movimentos que exigem força (corrida, salto, arremesso, puxada).

É extensor, adutor e rotador medial do úmero, sendo essencial em gestos como nadar, escalar, remar e puxar objetos.

Além disso, é o elo mecânico que transmite força entre membros superiores e inferiores, permitindo transferir potência do quadril e coluna para o braço em movimentos esportivos.

O latíssimo do dorso quando equilibrado, é fundamental para a performance, no entanto, quando tenso, encurtado ou fraco, pode ser fonte de dor lombar, pélvica e até no ombro.

20/08/2025

17/08/2025

O bíceps braquial e o tríceps braquial são antagonistas primários nos movimentos de flexão e extensão do ombro, mas na estabilidade articular trabalham em coativação.

Durante tarefas que exigem precisão ou carga elevada (empurrar, puxar, segurar objetos), o bíceps e o tríceps ativam-se simultaneamente para comprimir a cabeça do úmero contra a glenoide.

A cabeça longa do bíceps atua como estabilizador dinâmico anterior/superior, reduzindo o risco de subluxação anterior.

A cabeça longa do tríceps age como estabilizador dinâmico posterior/inferior, evitando a translação posterior.

Juntos eles formam um sistema de tensão cruzada na escápula e no úmero, mantendo o ombro centrado mesmo sob forças multidirecionais.

Por isso, fortalecê-los é essencial para reabilitação e prevenção de lesões de ombro.

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