
31/08/2025
Pra ser sincera, eu nem sabia o que um nutricionista fazia há 25 anos atrás, mas por uma sugestão da minha mãe (e uma total visão de futuro!), resolvi optar pelo curso de Nutrição. E que surpresa! Percebi que poderia traçar um caminho como sempre imaginei: cuidando de pessoas, estudando muito, aprendendo a cada dia e conquistando espaço por onde andasse. E esse tem sido meu compromisso desde 2003 quando me formei: deixar marcas por onde passar (ou passarem por mim) e jamais me omitir ou aceitar que o nutricionista seja desvalorizado e desrespeitado onde estiver. Nunca quis me comprometer apenas com o meu paciente, mas também com meus colegas e com os futuros nutris que virão por aí. E posso dizer que não é um caminho fácil…enfrentamos muitos desafios e dá muuuito trabalho explicar frequentemente o óbvio: que cada especialidade tem um papel fundamental no cuidado do paciente.
É difícil entender porque até hoje sofremos constrangimento ao sermos “barrados” em cursos, portas de salas de congressos e até em estacionamento de hospitais por não sermos “prescritores”. A meu ver, além de ser um grande absurdo, vai contra tudo que se “prega” sobre a transdisciplinaridade. Somos prescritores de saúde, de alimentos, de suplementos e de estratégias nutricionais que podem transformar vidas. Difundimos informações valiosas o tempo todo e nos aliamos diariamente ao tratamento medicamentoso e cirúrgico quando estudamos (muito!) e orientamos nosso paciente. Sim, gastamos muito tempo de nossa consulta explicando todo mecanismo de ação das dr**as, interações com nutrientes e alterações anatômicas e fisiológicas no pós operatório.
Bom, se você leu até aqui, não deve achar que isso tudo é mi mi mi, né? E quem acha, já fez cara feia e saiu do desconforto que deve ser ler tudo isso (sorry!)
Pra você que leu até aqui, continuo nos comentários…👇🏼👇🏼