03/08/2022
Porque não é pra se conformar com mínimo se podemos ter o máximo e não custa nada!
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A hora de ouro é o período que imediatamente sucede o parto e em que o primeiro contato entre mãe e bebê acontece, estabelecendo-se o vínculo e devendo durar uma hora (ou mais!). O simples aconchego e calor do colo materno, seu cheiro e seus batimentos cardíacos ajudam o bebê nesta transição do útero para o mundo externo, prevenindo hipotermia, hipoglicemia e desconfortos respiratórios. Para a mãe, esse primeiro contato também favorece o vínculo e estimula a saída do colostro.
A chamada Golden Hour precisa ser respeitada de verdade, com o mesmo cuidado, clima e ambiente em que acontecera o parto: silêncio, meia-luz, família (mãe, bebê e acompanhante) em conexão, fazendo o pele a pele, com bebê ainda conectado ao cordão, além do óbvio contato com o seio materno. A equipe deve prezar pela privacidade e respeito ao momento, entendendo que o parto não acabou só porque o bebê nasceu e ficou por poucos minutinhos no colo da mãe.
Por óbvio, é estritamente necessário que mãe e bebê ainda recebam vigilância por parte da equipe – especialmente a mãe, que precisa ser monitorada para hemorragia pós parto –, mas não é necessário ou desejável que fique todo mundo na sala causando balbúrdia e interrompendo abruptamente o ciclo do nascimento. Basta o pediatra e um membro da equipe técnica de assistência ao parto (GO, EO ou parteira).
A humanização do processo deve seguir no pós-parto imediato, sem qualquer pressa e respeitando a privacidade da família que acabou de se modificar tão profundamente. Lembre-se: um bebê acabou de nascer.