19/07/2025
Valorizar as raízes é reconhecer de onde viemos e o quanto isso influencia em quem somos.
Sempre que volto a Recife, minha cidade natal, é impossível não seguir viagem até o interior do estado, para São Caetano — terra da minha mãe e lugar onde minha história familiar se entrelaça com a da cidade.
Foi ali que meu avô, com coragem e visão, abriu a Farmácia São Caetano para sustentar a família com oito filhos. Essa farmácia não foi apenas um negócio: foi o alicerce que sustentou sonhos, estudos, refeições e valores. Um símbolo de trabalho duro, união e dignidade. Hoje, ela segue firme, com 80 anos de história, administrada por um dos filhos — meu tio — e ainda representa muito mais do que medicamentos; representa legado.
Cada vez que visito São Caetano, me reconecto com essa origem. Se por algum motivo não passo por lá, sinto que algo ficou incompleto na viagem. É como deixar para trás uma parte essencial de mim.
O que conquistei na vida não é apenas fruto do meu esforço, mas resultado do trabalho de gerações anteriores. Honrar isso é manter vivo o elo com quem veio antes — é entender que somos continuidade de uma história maior. E que, sem raízes, nenhuma árvore permanece de pé.