03/06/2025
▪️Sono: Dor crônica e sono possuem uma relação bidirecional, aproximadamente 75% das pessoas com dores crônicas musculoesqueléticas apresentam problemas no sono. Isso pode estar relacionado a mecanismos fisiológicos em comum, como a modulação de substâncias endógenas, alteração nos níveis de melatonina, inflamação e possível alteração no ritmo circadiano.
▪️A atividade física tem sido proposta como uma alternativa efetiva para melhorar o sono em pessoas com dores crônicas. Seus benefícios podem ser explicados por fatores como analgesia induzida pelo exercício, melhora de funções psicológicas, incluindo humor e redução de ansiedade, além de regular processos biológicos como a diminuição de fatores pró-inflamatórios, e a secreção de serotonina, que tem um papel importante na vigília e sono REM. O exercício também contribui para a arquitetura do sono ao aumentar o sono profundo em pessoas saudáveis, na dor crônica ainda não está claro. Apesar dos efeitos do exercício no sono, o tratamento específico para o sono ainda é mandatório.
▪️Estresse: O estresse em pacientes com dor crônica piora sintomas como dor, fadiga e dificuldades cognitivas, devido à disfunção do sistema de estresse — incluindo desequilíbrio entre os sistemas nervoso simpático e parassimpático e alterações no eixo HPA. Isso faz com que o corpo não consiga lidar bem com estímulos estressores.
▪️A atividade física é vista como uma estratégia promissora para melhorar essa tolerância, pois regula o sistema de estresse, reduz a inflamação e promove neurotransmissores ligados ao bem-estar.
▪️Além disso, praticar atividade física em grupo ou em contato com a natureza pode potencializar os efeitos positivos. Contudo, pacientes com dor crônica também podem se beneficiar de programas de manejo de estresse antes de iniciar exercícios.
DOI: 10.3390/jfmk10020183