01/09/2025
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Narcisismo na velhice: um desafio silencioso nos laços familiares
Você já parou para pensar como é conviver com alguém que, mesmo com os sinais do tempo no corpo, como cabelos brancos, rugas e limitações físicas, ainda insiste em ser o centro das atenções? O narcisismo não desaparece com a idade. Em alguns casos, ele pode até se intensif**ar.
Na velhice, os traços narcisistas como a dificuldade de empatia, a tendência à manipulação emocional e a constante necessidade de admiração podem se tornar ainda mais evidentes e afetar profundamente as relações familiares. Filhos se sentem culpados, netos sobrecarregados, cônjuges exaustos. A convivência se torna tensa, marcada por exigências, cobranças e mágoas não resolvidas.
Mas por que isso acontece? Envelhecer é, muitas vezes, lidar com perdas do corpo, do status, da autonomia. E para quem sempre se definiu pela imagem, pela superioridade ou pelo controle, essas perdas podem ser vividas como ameaças intoleráveis. O comportamento narcisista, nesse contexto, pode ser uma tentativa desesperada de manter relevância e evitar o abandono.
Ainda assim, nem tudo está perdido. Quando familiares compreendem o funcionamento desses padrões e aprendem a estabelecer limites firmes, sem deixar de lado o acolhimento e o respeito, é possível transformar a dinâmica. E mais: com apoio psicológico, o próprio idoso pode desenvolver maior autoconhecimento, encontrar formas mais saudáveis de se relacionar e até ressignif**ar sua história.
A pergunta que f**a é: como lidar com a dor do outro sem anular a sua? O equilíbrio está em reconhecer o que é possível oferecer e o que precisa ser protegido em você.