06/09/2022
Zona de Conforto: O rompimento gradativo
Durante a nossa infância, em boa parte dela, somos forçados a sempre sair da zona de conforto, seja na mudança de turmas escolares, seja na aquisição de habilidades ou até mesmo em mudanças de responsabilidades. E isso se perpetua ao longo da nossa vida inteira.
Sair da zona de conforto não é apenas um ato natural da vida, mas também é um ato que podemos executar conscientemente e que gerará aprendizados e desenvolvimentos em inúmeros aspectos da nossa vida. Porém, na vida adulta aprendemos a não gostar deste processo, passamos a não desejar mais a mudança e sim o conforto.
Estar na Zona de conforto significa, dentre inúmeras questões, a premissa básica de evitar gastar mais energia mental ou até mesmo física para realizar uma mudança. Alguns exemplos de ficar na zona de conforto:
> Permanecer na mesma empresa por medo de ter que fazer novas conexões em um novo local de trabalho.
> Não se atualizar profissionalmente ou assumir cargos maiores por medo de não conseguir dar conta.
> Não estudar a ideia de negócio que você tem devido ao medo do fracasso.
> Não se matricular no ensino superior porque você “não é inteligente o suficiente”.
> Não falar com a pessoa que te interessou por ter receio dela te achar desinteressante.
> Não usar certas roupas porque você acha que elas são reservadas para certos tipos de corpo.
As zonas de conforto aplicam-se consciente e inconscientemente a todas as áreas da sua vida. Mas pense nos momentos memoráveis da vida por um momento, imagine um agora.
Essa memória que você está imaginando provavelmente surgiu como resultado de você se arriscar, dar um salto ou simplesmente escolher fazer algo diferente.
Ok, como fazemos para sair da Zona de conforto?
Na neurociência e terapias baseada em processos, temos uma técnica chamada de Zona de Desenvolvimento Proximal, ela tem origem na teoria do do psicólogo russo Lev Vygotsky.
Resumidamente, a teoria diz que se uma pessoa não consegue resolver um problema, for colocada e orientada por outra que sabe resolver, ela conseguirá aprender a resolução e assim aplicar a mesa no problema de forma autônoma.
Trazendo isso para a vida real, fora da literatura, podemos ter essa orientação partindo por um mentor, consultor ou até mesmo profissionais da saúde. Isso quer dizer que se você deseja aprender algo novo, algo que te force a sair da zona de conforto, o ideal é fazê-lo sob a orientação de alguém com o conhecimento necessário para realizar a sua mudança até que você possa aplicar tudo isso sozinho.
Eu sei, pode ser assustador querer mudar algo, ainda mais sozinho (como a maioria aprende a fazer) e pensar em contratar alguém pode parecer caro mas existem formas de ter acesso aos conhecimentos e até mesmo “mapas do desenvolvimento” sobre áreas da vida. Isso é uma das coisas que apresentarei na minha assinatura online dentro de algumas semanas.
Mas o que quero te convidar agora é que você escolha uma área da sua vida, apenas uma, pesquise sobre vídeos e pessoas na internet (profissionais) que falem sobre ela e monte o seu próprio mapa, crie um grupo de pessoas que queiram crescer na mesma direção que você.
Avance gradualmente, com apoio e suporte, em direção aquilo que você tem medo e encontre no final dessa jornada a sua própria força de crescimento.