
24/06/2025
Retrato Poético
Ela caminha por entre vozes invisíveis, onde a palavra é gesto e o silêncio, escuta.
Em seus olhos, a chama da curiosidade; não a que consome, mas a que ilumina.
Sonda os labirintos da alma,
busca no espelho da teoria a vida pulsante, onde o humano se revela em suas dobras, e o sofrimento ganha nome,
não para aprisionar, mas para libertar.
Seus passos são delicados, mas firmes, no terreno sutil do ouvir e do entender, sabe que a escuta é ponte, que o saber é mapa aberto, e o encontro, promessa de transformação.
No encontro com o outro, é presente e se oferece, como quem tece com fios invisíveis a rede que sustenta, acolhe e permite o nascer do verdadeiro self.
Poeta do cuidado e da palavra viva, tecelã das perguntas que não têm fim, porque no desejo de aprender reside o caminho,
e no desejo de cuidar, o sentido profundo do ser.
Por: Lília Vargas