31/07/2025
18 anos da minha filhota 🥰 Sempre Sustentei a ideia de que não vivo para as minhas filhas , eu vivo com as minhas filhas , e nessa jornada , aprendemos juntas nessa convivência a respeitar os espaços, as diferenças e individualidades, nem sempre é fácil, mas é lindo… filhos nunca entenderão a dimensão da maternidade, mesmo quando tornam-se mães , eu mesma não entendo a dimensão da maternidade da minha mãe , e por vezes isso se torna uma constante batalha ao percebermos que nossas mães também são mulheres que vivem e contam suas próprias histórias e que nem sempre nos encontramos sendo carregadas em seus colos protetores, e que nem sempre faremos parte de sua imensidão. E ao sair dessa bolha , conseguimos , como filhos , e também como mãe , assumir nosso espaço e identidade no mundo , como seres independentes e altruístas que devemos ser . Se fazer presente na ausência e ausente na presença , como dizia Winnicott, é o que nos faz mães suficientemente boas , nem mais e nem menos , apensas suficiente.. para que consigamos fazer emergir toda potencialidade de nossos filhos , não podemos estar sempre apostos, temos também que nos fazer ausentes , mas deixando a confiança de que estaremos lá , quase sempre que precisarem e quando não estivermos , por motivos de forças maiores, deixar neles, filhos, a certeza de que são mais fortes do que parecem e mais corajosos do que acreditam , e por isso terão a força que precisam na nossa ausência , pois ali também nos faremos presentes . Acho um peso muito grande para ser carregado quando alguém diz que vive para nós e por nós , pois viver para alguém também significa ter expectativas de uma reciprocidade e uma gratidão injusta e que jamais serão atendidas . Crio minhas crias pro mundo , e só quero que sejam felizes . E também aprendi a ser assim com a minha mãe , que além de mãe , é uma mulher com uma força e uma imensidão muito maior do que sua maternidade , e me inspiro nela pra ser quem sou , e é isso o que também quero passar para as minhas filhas ! 🥰❤️