05/01/2024
Chaves, abrem e fecham portas, guardam ou expõem histórias. Nesse início de ano gostaria de compartilhar a história das minhas chaves, que eu guardava em função das histórias e significados de cada uma delas. Elas retratam minha jornada como profissional na área da psicologia hospitalar. A primeira, com o chaveiro da arara, que ganhei do meu filho, é a chave do alojamento do HRV, quarto que dividia com a , foi minha primeira experiência em Hospital de Urgência e emergência, bem como, com residência multiprofissional, aprendi muito, inclusive com a minha preceptora , também fiz amigos que ainda matemos contato, o ano foi 2016. A segunda chave e da época em que estava lotada no HEURO, fui acolhida pela equipe do hospital, pessoas calorosas, que me incentivaram o crescimento profissional e que estavam preocupados com a saúde dos usuários do SUS, não vou citar os nomes pois foram muitos, e eu os carrego no coração. Foi um momento de realização profissional, consegui colocar em prática muito do que estudei, aprendi como profissional e como ser humano, o chaveiro foi presente de uma amiga, ele era mais bonito quando ganhei, o tempo o desgastou, mas o guardei, antes dele havia outro que também tinha sido presente, mas não tinha condições de continuar o uso. Por fim, a terceira chave, essa é da minha experiência de trabalho no HRC, foi tudo novo, precisei rever conceitos, reaprender técnicas e a desconstruir e reconstruir sonhos, foram anos de luta, mas também de gratidão, em especial à minha coordenadora , que segurou junto comigo as barras mais pesadas. Hoje não estou trabalhando na área hospitalar e essas chaves, de fato , estão inutilizadas para que outras possam ser usadas.
É um longo texto para dizer que é preciso trocar de chaves, e que também é preciso saber qual porta se quer abrir e não menos importante, qual porta queremos ou devemos fechar em nossas vidas, seja pessoal ou profissional.
Feliz ano novo para todos!!!