02/07/2025
O que nos compõe, o que nos faz ser quem somos, tem muito a ver com os trilhos que percorremos para chegar até aqui. Isso, claramente, inclui as pessoas que passaram pela nossa vida: desde aquelas que nos marcaram de forma positiva, nos convidando a crescer, até aquelas que são lembradas como encontros infelizes.
Você já parou para pensar em como seria diferente o seu parceiro(a) caso a vida dele tivesse sido outra? Somos seres sociais: nos reconhecemos e nos construímos a partir do outro. Talvez aquilo que você ama nele seja, justamente, resultado das experiências e vínculos que ele já teve, inclusive ex-relacionamentos.
(Se você tem perfeccionismo amoroso, talvez ler isso tenha causado certo incômodo.)
Quando há o perfeccionismo romântico, pode haver uma fantasia: não a de ser a única pessoa amada na vida do parceiro. Como se a história dele precisasse ser diminuída ou atacada para que haja uma supervalorização da relação atual — o que, na prática, é contraproducente e imaturo. Muitas vezes, esse tipo de perfeccionismo vem acompanhado do perfeccionismo do desejo.
Nesse caso, a pessoa se sente diminuída simplesmente porque o parceiro já teve outras experiencias se***is. Isso pode se expressar na relação por meio de uma curiosidade ambivalente e desconfortável sobre o passado, junto de tentativas de desvalorizar o que já aconteceu — numa busca por destacar o contato atual.
Esses tipo de perfeccionismo na relação provocam falas e comportamentos disfuncionais, e, por vezes, até destrutivos. Afinal, incomum seria se, na vida adulta, o seu amor não tivesse um passado.
Como disse Ortega y Gasset:
“Eu sou eu e as minhas circunstâncias; se nego a elas, nego a mim mesmo.”
Ou se preferir, Jorge Vercillo:
“Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você”
Trabalhe a aceitação e viva o seu amor! 🥰 🎉 🫶🏽