02/09/2025
O yoga, mais do que posturas físicas (asanas), é uma filosofia de vida. É uma prática que nos convida a retornar ao momento presente, ao corpo, à respiração, à consciência. Em um mundo que nos empurra para o futuro e nos prende ao passado, o yoga nos ancora no agora, que é o único lugar onde a vida realmente acontece.
Ao praticar yoga com regularidade, começamos a observar a nós mesmos de forma mais atenta: os padrões da mente, as tensões do corpo, as emoções que surgem e desaparecem. Essa observação cultivada no tapetinho se estende para a vida fora dele.
Impermanência: tudo passa, tudo muda.
A impermanência é uma verdade universal: nada é fixo. O corpo envelhece, emoções vêm e vão, relacionamentos mudam, e até nossas certezas se transformam.
Yoga e impermanência se entrelaçam no entendimento de que resistir à mudança é sofrer. Quando aceitamos a transitoriedade das coisas, encontramos mais paz, não porque a vida deixa de ser difícil, mas porque deixamos de lutar contra o que não pode ser controlado.
Aceitar o momento presente em vez de querer que as coisas sejam diferentes, aprendemos a acolher o que é, com gentileza e curiosidade.
A impermanência ensina que não precisamos nos agarrar a nada, nem à dor, nem ao prazer. Tudo é parte de um fluxo maior.
Quando percebemos que todos estão lidando com perdas, mudanças e desafios, o coração amolece. Surge empatia,
Sabendo que tudo muda, o momento presente se torna ainda mais precioso. Um sorriso, um pôr do sol, uma respiração consciente, tudo pode ser vivido com mais profundidade.
Na próxima vez que você estiver em uma postura, observe: ela começa, se sustenta por um tempo e termina. Isso é impermanência em ação. Você pode estender essa consciência para sua respiração, para uma conversa, para uma emoção que surge.
O convite é esse:
viva cada momento como se fosse único — porque é.