21/10/2022
Cada pessoa sofre crises asmáticas por motivos diferentes. Por isso, é importante investigar o que causa seus ataques de asma, e tentar reduzir a exposição a esses agentes, além de buscar tratamentos mais adequados; Porém as causas mais comuns são:
- Substâncias e agentes alérgenos: Substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, m**o, pelos de animais e fumaça de cigarro; Tinta, desinfetantes e produtos de limpeza; Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe
- Alimentação: alergias alimentares podem causar crises de asma. Os alimentos mais comuns são: Ovos, leite de vaca, amendoim, soja, trigo, peixe e saladas e frutas frescas. Alguns conservantes e aditivos acrescentados nos alimentos industrializados também podem desencadear uma crise de asma.
- Asma induzida por exercício: O estreitamento das vias aéreas tem um pico de cinco a vinte minutos após o exercício começar, o que dificulta a retomada do fôlego.
- Asma ocupacional: é comum em pessoas que trabalham em usinas ou são expostas a agentes químicos, tinturas e agrotóxicos.
- Asma noturna: uma pessoa com asma têm chances mais elevadas de sofrer uma crise durante o sono, porque a asma pode ser influenciada pelo ritmo circadiano. Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada, favorecendo refluxo gastroesofágico, ou associada ao ronco e apneia do sono
- Mudanças de temperatura: o choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis. Isso porque a mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura, acaba desencadeando uma crise
- Medicamento: anti-inflamatórios não hormonais, como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco e o ibuprofeno, podem desencadear crises de asma. Isso acontece porque esses remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte relação com a crise asmática em quem sofre da doença
- Problemas de saúde: uma variedade de doenças pode causar alguns dos mesmos sintomas da asma, como anomalias nas cordas vocais, alterações na deglutição, apneia do sono, tumores pulmonares e embolia pulmonar. A asma cardíaca, por exemplo, é uma espécie de falha do coração em que os sintomas podem imitar alguns dos presentes na asma regular
Tratamento
- Prevenção e controle são a chave para impedir que os ataques de asma comecem. As medicações de uso contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os brônquios da pessoa asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros.
Pessoas que não realizam o tratamento contínuo adequadamente acabam deixando cicatrizes em seus brônquios, que podem tornar o quadro irreversível. Nessas situações, mesmo com altas doses de medicamentos não é possível o controle da asma, resultado do não uso da medicação durante anos.
Diferente dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de contração do brônquio, os medicamentos contínuos corticosteroides funcionam para evitar que essas reações aconteçam.
Os remédios de asma para o seu perfil dependem de uma série de coisas, incluindo sua idade, seus sintomas, seus gatilhos de asma e o que parece funcionar melhor para manter a sua doença sob controle.
Os medicamentos preventivos de controle em longo prazo reduzem a inflamação nas vias aéreas, impedindo que os sintomas se iniciem. Já os medicamentos contínuos, geralmente tomados diariamente, são a base do tratamento da asma.
- Corticosteroides inalados: As inalações são feitas com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó, este último inalado por meio de um instrumento próprio. O tempo de ação pode ser de quatro, 12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo.
- Modif**adores de leucotrienos: são remédios para asma de uso oral. Eles interferem no processo inflamatório dos pulmões, e raramente são usados de forma isolada, sendo associado ao uso de corticoides. As doses e intervalos de utilização variam conforme o caso e a associação de medicamentos que está sendo feita.
- Beta-agonistas de longa duração: são medicamentos inaláveis. Sua função é abrir as vias aéreas – ou seja, é um broncodilatador. Normalmente são usados em associação com corticosteroides, chamados assim de inaladores de combinação.
- Teofilina: funciona principalmente como broncodilatador, mas possui efeito anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. O medicamento deve ser ministrado a cada 12 horas, e as doses também variam conforme o paciente.
- Broncodilatadores: É importante ressaltar que os broncodilatadores servem para aliviar uma crise de asma. Durante uma crise de asma, você tem o fechamento dos brônquios, impedindo a entrada de ar nos pulmões.
Os broncodilatadores servem justamente para relaxar essa musculatura dos brônquios, permitindo que o ar entre nos pulmões novamente. Essas medicações têm início de ação rápido, gerando um alívio imediato do paciente.
Há broncodilatadores de curta duração (de quatro a seis horas de ação) e de longa duração (de 12 a 24 horas de ação), mas nenhum desses é um tratamento preventivo, devendo ser associado aos corticoides inalados.
Os broncodilatadores são usados conforme necessário para alívio rápido dos sintomas durante um ataque de asma. Se você tem asma associada ao exercício, pode ser que o médico indique usar o broncodilatador logo antes de uma série.
Os broncodilatadores são ministrados com um inalador portátil ou um nebulizador, para que possam ser inalados por meio de uma máscara ou um bocal.
Se você usa o broncodilatador várias vezes ao dia, é um sinal de que a sua asma está descontrolada e precisa de outras medicações. O maior risco de uma pessoa ter várias crises e usa apenas o broncodilatador é mascarar uma crise mais grave.
Isso pode fazer com que você subestime a intensidade do quadro, ignorando sua gravidade e vindo a sofrer consequências alarmantes, como uma asfixia, pois o broncodilatador somente pode não dar conta da crise.
Pessoas que usam ou usaram o broncodilatador mais do que três ou quatro vezes em um único dia devem procurar um pronto socorro ou ligar para seu médico, a fim de buscar formas de tratamento da doença como um todo, não apenas da crise.