10/09/2021
Hoje é dia mundial de prevenção ao suicídio e nós precisamos falar sobre isso. O adoecimento e desgaste mental não é frescura, não é uma banalidade, é coisa séria! É uma questão de saúde pública, um tema complexo que reúne fatores individuais, sociais, políticos e econômicos. Nada banal, não é mesmo? Precisamos cuidar de nós e de nossa coletividade!
CUIDAR DA SAÚDE MENTAL É PREVENIR O SUICÍDIO
Hoje, dia 10 de setembro, marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e para o Conselho Federal de Psicologia a conscientização sobre o tema é uma importante ação para prevenir o suicídio e, desta forma, cuidar da saúde mental das coletividades e individualidades.
É fundamental entender que o suicídio é um comportamento com múltiplos determinantes e resultado de uma complexa interação de fatores biopsicossociais, econômicos, políticos e culturais, não podendo ser tratado de forma causal e simplista.
Para cuidar e salvar vidas, é preciso compreender o suicídio como um problema de saúde pública. O que signif**a considerá-lo como uma questão de toda a sociedade, e não apenas do indivíduo, pois nele se entrelaçam problemas coletivos de diferentes níveis de complexidade que exigem ação de muitos atores no cuidado necessário que cada sujeito requer para recuperar a sua capacidade de viver com as contradições que a vida lhe coloca. Compreender a complexidade desse problema, a sua multideterminação e fugir de reducionismos que podem reduzir a nossa capacidade de manejo é essencial na luta contra o estigma e preconceito que envolvem o suicídio, além de contribuir para ações profissionais mais apropriadas que tal problema requer.
O debate sobre o tema também precisa levar em conta o cenário sócio-político em que a sociedade está inserida - em especial neste momento de pandemia da Covid-19 – caracterizado pelo aumento das desigualdades sociais, os retrocessos na Política de Saúde Mental, esgotamento pelo acúmulo de tarefas, insegurança e diminuição dos contatos sociais, exigências no mundo do trabalho, o racismo, o machismo, a LGBTIfobia e o capacitismo que provocam sofrimento mental e podem conduzir a tentativas de retirar a própria vida.
A Psicologia tem muito a contribuir neste debate e ao longo da sua história, desenvolveu ferramentas importantes para lidar com a prevenção ao suicídio. O CFP, na sua política de orientação à categoria, lançou recentemente uma pesquisa sobre a atuação de psicólogas e psicólogos na política pública de prevenção da autolesão e do suicídio, com vistas a subsidiar a elaboração de referência técnica do Crepop.
Card com fundo verde escuro, por trás do texto, uma mão segurando um pequeno laço amarelo e logotipo do CFP. Texto da imagem: Conversar, desmistif**ar, quebrar tabus, prevenir. Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.