17/09/2025
Você já ouviu falar em “testículo não descido”? Nos primeiros meses de vida, é comum que um ou dois testículos ainda não tenham descido completamente para a bolsa escrotal. Na maioria dos casos, isso pode corrigir-se sozinho até os 6 a 12 meses de idade, especialmente em bebês nascidos a termo. Entretanto, quando isso não acontece, a cirurgia conhecida como orquidopexia se torna necessária.
Por que operar precocemente?
• Evita complicações futuras como infertilidade e risco aumentado de câncer testicular
• Protege e preserva a saúde testicular a longo prazo
A indicação cirúrgica normalmente ocorre quando o testículo não desceu até os 6 meses em bebês a termo (ou até 12 meses em prematuros) e a cirurgia deve ser realizada preferencialmente antes dos 2 anos de idade.
A orquidopexia, procedimento para reposicionar o testículo no escroto, é simples, segura e costuma ter recuperação rápida. Muitas vezes, o testículo é palpável no canal inguinal e a cirurgia e realizada através de uma pequena incisão na região inguinal e escrotal. Nos casos em que o testículo não aparece (ou seja, não é palpável), opta-se pela laparoscopia para localizar e posicionar corretamente.
Em resumo:
Até 6–12 meses, observação é aceita, pois pode ocorrer a descida espontânea do testículo.
Após esse período, quando a descida do testículo não ocorre, a intervenção cirúrgica é mandatória.
O ideal é operar antes dos 2 anos, assegurando função testicular e menor risco de complicações futuras.
⚠️ Caso o testículo não esteja visível no escroto, é indicada avaliação com exame físico e, se necessário, ultrassonografia ou laparoscopia diagnóstica.
A orquidopexia oferece resultados funcionais e estéticos excelentes, com recuperação cirúrgica rápida e preservação da saúde da criança.
Se você observa a ausência do testículo ou desconforto no bebê, agende sua avaliação.
Dra. Ana Paula Melro,
Cirurgia e Urologia Pediátrica
CRM 82303 | RQE 45277