07/12/2022
Inteligência artificial ajuda a classif**ação da Croácia para as quartas de final contra o Brasil. Exercícios para a visão pode aumentar o número de gols.
Na Copa no Qatar o Japão que soma apenas cinco participações no mundial, surpreendeu com a eliminação precoce de uma das mais tradicionais seleções, a tetracampeã, Alemanha. Na última segunda (4), o time errou a cobrança de três pênaltis consecutivos e perdeu para a Croácia que enfrenta o Brasil na próxima sexta (9). Deu zebra neste mundial? Com certeza não. O que explica a emergência de seleções como a Croácia, atual vice-campeã, é a utilização da Inteligência Artificial (IA). Trata-se de um banco de dados que inclui imagens em alta resolução de jogos e treinos do time adversário. Baseado nestas informações, o treinador estabelece estratégias e táticas tanto de defesa como de ataque.
Você deve estar se perguntando que diferença a IA faz em campo. No Qatar a Croácia participou de quatro jogos e em 37 finalizações fez quatro gols, ou seja, o time tentou 9 vezes para cada gol. Já nos quatro jogos da seleção brasileira foram 7 gols em 60 finalizações, ou seja, 8,5 tentativas para cada gol. O equilíbrio entre as duas seleções é uma prova de que a IA funciona. Afinal o Brasil é pentacampeão mundial, já participou de 20 copas e esta é a quinta participação da Croácia.
O problema é que nem todo treinador aceita o uso da inteligência artificial porque a análise dos dados toma tempo. Treinadores que não se adaptam a esta ferramenta podem optar pelos óculos estroboscópicos produzidos em lente de cristal líquido que faz a transparência da lente oscilar. Esta oscilação elimina as imagens por milésimos de segundos e força novas conexões neurais entre o olho e o cérebro Por isso as imagem periféricas passam a ser processadas com mais agilidade e detalhes. Normalmente, o núcleo cerebral da visão descarta estas imagens. Isso porque, enxergarmos nitidamente apenas pela mácula, uma porção de 1,5 milímetro localizada no centro da retina. Ao ampliar visão periférica também melhora a visão de jogo. Vale ressaltar que o tempo de uso destes óculos é de 10 a 15 minutos em dias alternado. Usar por mais tempo pode diminuir o efeito buscado. Por isso não interfere na segurança do jogador em campo.
A boa notícia é que exercícios simples melhoram as habilidades visuais, inclusive de quem enxerga bem. Fazem grande diferença em campo, embora não eliminem a necessidade de acompanhamento médico nem substituam os óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa.
Para melhorar a visão de jogo é necessário ter boa visão periférica que permite ao jogador olhar para o gol e perceber a movimentação dos outros jogadores em campo simultaneamente. Esta habilidade é conquistada em uma sequência de exercícios visuais divididos em três etapas. A primeira é bastante similar à leitura dinâmica. Consiste em fazer a leitura em um único golpe de vista de várias palavras impressas a alguns centímetros de distância. Deve ser repetido diariamente durante 45 dias ou até a leitura simultânea se tornar automática.
A segunda já é bastante conhecida pelos jogadores. São as embaixadinhas em que o craque chuta a bola sem deixar cair no chão ao mesmo tempo que olhar para o gol.
A terceira, é o treino de cobrança de escanteio em que no momento do chute o jogador tem de girar a cabeça para o lado oposto e ler palavras escritas em uma tabuleta.
O reflexo rápido em campo que permite antecipar jogadas está relacionada à visão de contraste que f**a comprometida quando a iluminação do estádio é inadequada ou quando o jogador precisa usar lentes com grau para corrigir miopia, hipermetropia ou astigmatismo. O treino que melhora a visão de contraste e o reflexo consiste em identif**ar imagens semelhantes sobre um fundo de baixo contraste, fazendo a troca das imagens rapidamente.
Bola fora da rede signif**a falta de mira. Para desenvolver a capacidade de foco o e treino é feito com o “teste do polegar”. Trata-se de um exercício simples em que os dois braços são levados para frente, na altura do ombro, e os polegares são colocados em posição vertical. O teste consiste em mudar rapidamente o foco entre as unhas dos polegares, notando se ocorrem falhas na fixação. Outra dica é que independentemente da idade, toda pessoa tem um olho dominante, ou seja, que enxerga melhor. No campo, saber qual é seu olho dominante pode fazer toda diferença em um chute ao gol. Isso porque, o jogador pode manter a visão deste olho desobstruída.
Para descobrir o olho dominante a dica é estender os braços e formar um triângulo com os polegares e indicadores posicionando um objeto nesta janela, Em seguida fechar um olho de cada vez. O olho que mantiver o objeto alinhado na janela é o dominante e pode fazer a diferença em campo.
Jornal Correio Popular/Campinas - 07.12.2022