25/09/2025
Ontem, no nosso encontro sistêmico, abrimos espaço para ouvir o que o tempo tentou calar.
Nos conectamos com histórias que vieram antes de nós, amores proibidos, escolhas difíceis, silêncios impostos, e também a força que atravessou gerações para nos trazer até aqui.
Mergulhamos no tecido invisível da ancestralidade, onde pulsa o que foi vivido, e muitas vezes escondido, pelas mulheres que vieram antes.
Mães, avós, bisavós…
Carregaram o peso de amar onde não era permitido.
De gestar filhos do amor e da dor.
De sustentar a vida em meio à ausência, ao abandono, à vergonha ou à rejeição.
Nós somos descendência desses amores.
Somos corpo e memória de escolhas que desafiaram a ordem e criaram novos caminhos.
Carregamos, em nosso ventre simbólico ou real, o eco dessas mulheres que, mesmo silenciadas, mantiveram viva a chama do feminino.
Ontem, olhamos para essa herança com coragem.
Acolhemos as dores não ditas.
Nomeamos o que precisava de lugar.
Honramos a força das mulheres da nossa linhagem materna, aquelas que amaram mesmo quando não podiam, que sustentaram a vida mesmo feridas, que abriram caminhos mesmo sem saber.
E compreendemos:
O amor proibido, quando reconhecido, se transforma em bênção.
A dor herdada, quando olhada, se transforma em força.
A linhagem feminina, quando honrada, se transforma em cura.
Gratidão a cada pessoa que esteve presente no campo.
Por escutar, por sentir, por sustentar com presença.
Saímos diferentes…em silêncio…reflexivas…
Tocadas por algo que não se explica com palavras.
Porque o que se moveu ali foi profundo, e segue ecoando em cada um de nós.
Seguimos... com respeito, com escuta, e com reverência a tudo o que nos trouxe até aqui.❤️
Cris P. Cappa
Psicoterapeuta Integrativa, Sistêmica e Evolutiva
(19) 99197-4877
Instituto Corpo e Mente
(19) 3276-1128