27/10/2025
A poesia de Manuel Bandeira é um retrato da fragilidade e da resiliência humanas. O que muitos não sabem é que essa sensibilidade foi forjada no fogo de uma batalha contra a tuberculose.
No início do século 20, a doença era uma sentença, e Bandeira viveu à sombra dela, interrompendo seus estudos e buscando cura em sanatórios. A medicina da época, com recursos limitados, era sua única tábua de salvação.
Assim como Bandeira, nossa cidade também enfrentou suas batalhas contra epidemias. No fim do século 19, a Febre Amarela assolou Campinas, e instituições como o Hospital Beneficência Portuguesa emergiram como linhas de frente nesse combate, símbolos de resistência e cuidado em tempos de desespero.
A medicina, então, não é feita apenas de ciência, mas de histórias. É a resposta humana à dor, seja num sanatório para um poeta, seja num hospital combatendo uma epidemia.